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Estado de Minas

Governo centro-africano e grupos armados chegam a acordo de paz


postado em 02/02/2019 16:48

O governo centro-africano e 14 grupos armados alcançaram neste sábado (2) em Cartum um acordo de paz impulsionado pela União Africana (UA) e pela ONU, relançando a esperança de que retorne à normalidade depois de anos de conflito.

Segundo o governo, o acordo, o sétimo desde 2012, cujos detalhes ainda não foram revelados, "deve ser ratificado" no domingo e assinado "em Bangui em alguns dias".

"Estamos finalizando o projeto de acordo no qual quase todas as disposições são aceitas por ambas as partes", comemorou em sua conta no Twitter Smail Chergui, comissário da UA para a paz e segurança, que participa das negociações de Cartum.

"Parabenizamos que se tenha alcançado um consenso sobre os pontos de bloqueio, que eram a anistia e um governo inclusivo", disse Abubakar Sidik, porta-voz de um dos principais grupos armados, a Frente Popular para o Reconhecimento da África Central (FPRC).

As negociações de Cartum começaram em 25 de janeiro e foram suspensas na quinta-feira por desacordos, em particular sobre a anistia dos responsáveis por crimes.

Bangui sempre rejeitou uma anistia dos chefes de guerra, pressionado pelas potências ocidentais, e os quais muitos já foram sancionados pela ONU. Sobre outros pesa um mandato de prisão.

A República Centro-Africana, país de 4,5 milhões de habitantes em guerra desde 2013, alcançou sete acordos de paz em cinco anos, mas nenhum trouxe estabilidade.

O diálogo de Cartum, preparado desde julho de 2017 pela UA e apoiado pelos principais sócios de Bangui, aspirava a ser mais ambicioso do que os anteriores. Ao redor da mesa de negociações estavam os principais chefes dos grupos armados e uma importante delegação do governo.

Os grupos armados pediam, além disso, segundo um documento obtido pela AFP, "a dissolução do governo e a formação de um governo para sair da crise", cujo primeiro-ministro saiu de suas fileiras.

Também exigiam que criassem patrulhas mistas com as Forças Armadas centro-africanas para vigiar o território que está sob a sua influência.

A República Centro-Africana, ex-colônia francesa, é um dos países mais pobres do mundo, com importantes recursos minerais (diamantes, ouro e urânio). Os grupos armados se enfrentam pelo controle das riquezas.

A Minusca, missão da ONU no país, enviou 12.000 soldados.

Há um ano, a Rússia intervém no país entregando armas ao governo e garantindo a segurança do presidente Faustin Archange Touadéra.


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