Um dos advogados do julgamento atualmente em andamento sobre o assassinato de quatro pessoas no Museu Judaico de Bruxelas teve seu gabinete invadido, e o processo do caso, roubado - anunciou o Ministério Público.
Os ladrões do dossiê "Nemmouche" deixaram no lugar do computador e da papelada do processo um bastão de beisebol e uma réplica de um fuzil kalashnikov, informou a fonte em um comunicado.
Desde 10 de janeiro, o jihadista francês e seu compatriota Nacer Bendrer comparecem ante o tribunal de Bruxelas para responder aos fatos ocorridos em maio de 2014, um julgamento no qual enfrentam a prisão perpétua.
Na noite de terça-feira, Vincent Lurquin, advogado de uma das partes civis, foi vítima de um roubo em seu gabinete.
O MP de Bruxelas explica que o advogado constatou "o desaparecimento de seu notebook e de dois volumes de processos, entre eles o que se refere ao caso "Nemmouche"".
A Justiça abriu uma investigação pelo roubo e pela ameaças feitas ao advogado.
O processo deve continuar até 1º de março.
Nemmouche, o principal réu, nega os fatos, mas, para as partes civis, as provas reunidas em quatro anos de investigação são "irrefutáveis".
Se o tribunal aceitar a tese da acusação, o ataque, que chocou o mundo, será caracterizado como o primeiro realizado na Europa por um extremista que retornou da Síria, meses antes do ataque de novembro de 2015 em Paris. Neste episódio, morreram 130 pessoas.