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Estado de Minas

Carro-bomba explode em academia de polícia e deixa nove mortos em Bogotá

Ministério da Defesa confirmou que se tratou de um 'ato terrorista', um dos mais graves já cometidos na capital colombiana desde 2016


postado em 17/01/2019 18:09 / atualizado em 17/01/2019 18:25

(foto: AFP / JUAN BARRETO )
(foto: AFP / JUAN BARRETO )

Nove pessoas morreram e 54 ficaram feridas nesta quinta-feira na explosão de um carro-bomba em uma academia de polícia no sul de Bogotá, informaram autoridades locais, que descreveram um ato de "terrorismo".


O Ministério da Defesa confirmou que se tratou de um "ato terrorista", um dos mais graves já cometidos na capital colombiana desde a desescalada do conflito armado em razão do pacto de paz selado com a ex-guerrilha das FARC no final de 2016.


O ataque foi dirigido contra a Escola de Oficiais General Francisco de Paula Santander, e "até agora deixou 8 pessoas mortas e 10 feridas", informou o organismo em um comunicado.


A Secretaria de Saúde de Bogotá informou, por sua vez, que 54 pessoas ficaram feridas e estão sendo atendidas em quatro estabelecimentos médicos. Não há, neste momento, informações sobre o número de militares afetados pelo ataque.


Após o atentado, o presidente Iván Duque cancelou um conselho de segurança em Quibdó, no noroeste do país, e retornou à capital para se reunir com a cúpula militar.


"Todos nós, colombianos, rejeitamos o terrorismo e estamos unidos para enfrentá-lo. A COLÔMBIA está triste, mas não se curvará ante à violência", escreveu o presidente no Twitter.


Duque, que assumiu o cargo em agosto de 2018, tem endurecido a política de combate às drogas no país, maior produtor de cocaína do mundo, e estabeleceu condições para reavivar as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), última guerrilheira ativa no país.


A explosão ocorreu após uma cerimônia de promoção de oficiais.


As primeiras imagens da televisão local mostraram o movimento de ambulâncias em torno da área do suposto ataque, e o que pareciam ser os restos de um veículo em chamas.


Uma funcionária da saúde das Forças Armadas disse à imprensa que o veículo invadiu "abruptamente" a sede da polícia.


"Ele entrou abruptamente, quase atropelando os policiais e depois explodiu", comentou Fanny Contreras.


Segundo seu testemunho, "houve outra pequena explosão", ainda que, neste momento, as autoridades da capital tenham evocado uma única explosão.


Rosalba Jiménez, de 62 anos e vizinha do local, estava abrindo o seu ateliê de costura quando os vidros das janelas explodiram


"Estávamos abrindo quando sentimos a explosão. Pensamos que tinha sido a bomba do posto de gasolina ao lado", relatou à AFP.


Mas "quando voltamos a olhar, o céu sobre a escola estava cinza de fumaça. Pessoas corriam, foi horrível. Parecia o fim do mundo", acrescentou.


As forças de segurança bloquearam o acesso do local à imprensa e um forte esquema de vigilância foi montado no sul da capital, segundo jornalistas da AFP.


"Eu dei ordens à Força Pública para determinar os autores desse ataque e levá-los à Justiça", acrescentou Duque.


Por enquanto, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.


Com cerca de oito milhões de habitantes, Bogotá foi abalada por atos esporádicos de terror em 2017.


Em fevereiro daquele ano, o ELN assumiu a responsabilidade por um ataque a uma patrulha policial que matou um soldado e feriu gravemente vários outros no bairro de Macarena, em Bogotá.


Nesse mesmo ano, um ataque em um centro comercial de Bogotá deixou três mortos e vários feridos.


As autoridades acusaram o Movimento Revolucionário do Povo (MRP), um grupo de esquerda.


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