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Estado de Minas

Atentado do EI mata 16 pessoas na Síria, incluindo quatro americanos


postado em 16/01/2019 20:21

Um atentado suicida realizado pelo grupo Estado Islâmico matou 16 pessoas, incluindo quatro americanos, nesta quarta-feira na cidade síria de Manbij, na ação mais mortífera desde 2014 contra as forças da coalizão internacional.

"Dois militares americanos, um civil do Departamento da Defesa e um [funcionário] terceirizado em apoio ao DdD foram mortos, e três militares ficaram feridos enquanto realizavam um trabalho em Manbij", informou o Centro de Comando militar dos EUA.

O porta-voz da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos revelou que ocorreu "uma explosão" quando os americanos "realizavam uma patrulha de rotina".

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o atentado ocorreu próximo a um restaurante do centro de Manbij, no norte do país.

Entre os mortos há cinco combatentes de uma milícia árabe-curda que acompanhava a patrulha americana, segundo o OSDH.

Um vídeo de uma agência curda de notícias mostra a fachada de um prédio destruída e sangue nas paredes.

Após o atentado, as ruas de Manbij foram ocupadas por blindados americanos, enquanto soldados patrulhavam a região, informou um colaborador da AFP na cidade.

O EI confirmou em um comunicado na rede Telegram que o ataque foi realizado pelo "irmão suicida Abu Yasin al Shami", que detonou um colete de explosivos na passagem de uma "patrulha de membros da coalizão cruzada".

Em 2016, as Forças Democráticas Sírias (FDS), apoiadas pela coalizão internacional, expulsaram o EI de Manbij. Em 2017, o Pentágono informou que tropas americanas estavam estacionadas neste setor.

Liderada pelos Estados Unidos, a coalizão opera na Síria contra o EI desde 2014, principalmente apoiando às FDS.

- "Zona de segurança" -

Apesar das derrotas sofridas e da imensa perda de território sob seu controle, o EI ainda é capaz de realizar ataques mortíferos.

O atentado desta quarta-feira foi o mais letal contra as forças americanas na Síria, segundo o Pentágono. Nos últimos anos, apenas dois americanos haviam morrido em combate no país.

O ataque ocorre após o anúncio - em dezembro - da retirada dos 2 mil militares americanos na Síria, decisão justificada pelo presidente Donald Trump pela derrota do EI.

O grupo jihadista se encontra entrincheirado agora na cidade oriental síria de Deir Ezzor, alvo de uma ofensiva das FDS. Alguns membros do EI se refugiaram no deserto sírio.

Segundo o OSDH, ao menos 2 mil pessoas, incluindo dezenas de combatentes do EI, abandonaram uma zona do leste do país nesta quarta-feira, após intensos bombardeios da coalizão.

Trump lançou recentemente a ideia de criar uma "zona de segurança" de 30 km de largura na Síria, e seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que seu país se encarregará desta iniciativa.

Mas o influente político curdo Aldar Khalil, alto funcionário da administração semiautônoma da minoria curda, rejeitou a proposta.

"Pode haver uma linha de demarcação entre a Turquia e o norte da Síria, com forças de manutenção de paz da ONU", afirmou o dirigente curdo Aldar Khalil.

"Qualquer outra decisão é inaceitável", acrescentou.

A Turquia não é "neutra" e "não pode ser um garante de segurança", insistiu.

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, afirmou nesta quarta que o governo sírio deveria retomar o controle do norte do país, após a saída das tropas americanas. Ele rejeitou, aparentemente, uma "zona de segurança" sob controle turco promovida por Ancara e Washington.

"Estamos convencidos de que a melhor solução, e a única que seria justa, é uma passagem desses territórios para controle do governo sírio, das Forças Armadas sírias e de suas estruturas administrativas", declarou Lavrov em sua entrevista coletiva anual.


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