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Estado de Minas

Projeto de lei contra refugiados muçulmanos leva milhares a protestar na Índia


postado em 07/01/2019 18:40

Milhares de pessoas se manifestaram, nesta segunda-feira (7), no nordeste da Índia, contra o projeto de dar cidadania a refugiados pertencentes a diversas comunidades religiosas, exceto muçulmanos.

Se a controversa legislação for adotada, ela afetará milhões de pessoas que deixaram, nas últimas décadas, Bangladesh, Paquistão e Afeganistão - onde o islamismo é predominante - para se instalarem nessas regiões setentrionais.

Segundo o texto, que pode ser apresentado a partir de terça ao Parlamento, de acordo com a agência de imprensa PTI (Press Trust of India), vão receber cidadania indiana membros de várias comunidades religiosas, como hindus, cristãos e sikhs, originários desses três países e que já moram há pelo menos seis anos na Índia, mas os muçulmanos são explicitamente excluídos.

Os manifestantes queimaram cópias do projeto de lei em marchas no estado indiano de Assam, de 33 milhões de habitantes, que no passado foi cenário de atos de violência entre refugiados e nativos. Esses últimos afirmam ter perdido terras para os recém-chegados.

"É apenas a primeira etapa de nosso movimento", alertou Palash Changmai, secretário-geral de uma organização estudantil que participou da manifestação.

Para seus críticos, este texto, que beneficia especialmente os hindus, é um presente para esses eleitores antes das legislativas, marcadas para daqui a alguns meses na Índia. O primeiro-ministro, Narendra Modi, é nacionalista e membro desta comunidade religiosa majoritária no país.


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