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Estado de Minas

BCE encerra programa de compra da dívida


postado em 13/12/2018 13:00

O Banco Central Europeu (BCE) confirmou, nesta quinta-feira (13), o encerramento, até o final do ano, de seu histórico programa de compra líquida de ativos iniciado em 2015 para estimular a economia, por meio do qual injetou 2,6 trilhões de euros.

Como havia anunciado em junho, o BCE acabará com a compra da dívida pública e privada - o programa conhecido como "quantitative easing" (QE) - no final de dezembro.

Com isso, a entidade põe fim a sua principal ferramenta do arsenal anticrise, o qual evitou uma deflação na zona euro e uma recessão mais acentuada quando o bloco da moeda única ainda se recuperava da crise da dívida.

Pelo programa foram injetados até 80 bilhões de euros por mês até abril de 2017. As compras foram se tornando progressivamente menores até desembolsar cerca de 15 bilhões de euros por mês a partir de outubro.

Por meio deste programa, o BCE injetou cerca de 2,6 trilhões de euros no mercado.

Este programa continua gerando polêmica. Seus críticos na Alemanha e em outros países adeptos do rigor na zona euro veem-no como uma maneira de o BCE ajudar os governos indiretamente.

O fim do QE se justifica, "já que não há riscos sérios de deflação", avaliou o economista-chefe da Oddo BHF, Bruno Cavalier.

Para Friedrich Heinemann, do instituto alemão ZEW, porém, o fim da compra líquida da dívida "acontece em um momento ruim", justo quando "as perspectivas conjunturais se tornam sombrias na zona euro".

A entidade anunciou, porém, que manterá as condições de financiamento favoráveis para não pôr a reativação em perigo no momento em que os riscos se acumulam.

- Taxas sem alterações -

Depois de sua reunião mensal, os governadores do BCE também decidiram manter sem alterações, "pelo menos até o verão de 2019", suas principais taxas de juros. A mudança de política deve ser detalhada no ano que vem.

Como estava previsto, a principal taxa de refinanciamento ficou sem alterações, a zero, e os bancos continuarão pagando juros negativos de 0,40% pelo excedente que depositarem na entidade, segundo o comunicado do BCE.

Fica em suspenso saber quando a instituição elevará suas taxas pela primeira vez desde 2011. O calendário divide os membros do conselho de governadores.

Dada a incerteza que se acumula sobre o crescimento na zona euro, os observadores antecipam uma primeira alta a partir de 2020, ou seja, depois de encerrado o mandato do presidente do BCE, Mario Draghi, em outubro de 2019.

O presidente da entidade, Mario Draghi, anunciou ainda que o BCE prevê que a inflação cairá para 1,6% em 2019, mantendo-se sem alterações em 2020, a 1,7%, e chegará a 1,8%, em 2021.

Draghi informou também que a entidade, cujo conselho de governadores se reuniu hoje, reduziu seu prognóstico de crescimento econômico pela "incerteza". Assim, a expansão será, para este ano, de 1,9%, e, para o próximo, de 1,7%. Para 2020, o banco antecipa um crescimento de 1,7%, e uma queda de 1,5%, em 2021.


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