A Secretaria Geral da OEA expressou sua preocupação nesta quarta-feira (12) sobre a presença de aeronaves russas na Venezuela para realizar exercícios militares, uma manobra que gerou desconforto nos Estados Unidos e na Colômbia.
"A Secretaria-Geral da OEA expressa a mais alta preocupação com as notícias vindas da Venezuela sobre a possibilidade de que aeronaves capazes de usar armas nucleares da Rússia estejam em seu território", disse a entidade em um comunicado.
Os exercícios de defesa realizados por Caracas e Moscou com dois bombardeiros Tu-160, um avião de transporte An-124 e um avião de passageiros Il-62 geraram tensões com os Estados Unidos e a Colômbia, países aos quais o presidente venezuelano Nicolás Maduro denuncia constantemente por promover planos para derrubá-lo.
A Secretaria da OEA indicou que considera que esse ato é "prejudicial à soberania venezuelana" e que a presença dessa "missão militar estrangeira viola a Constituição venezuelana porque não foi autorizada pela Assembleia Nacional".
"Além disso, essa ação também pode violar as regras fundamentais do direito internacional", acrescentou a entidade em um comunicado.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, rejeitou os exercícios desta semana, aos quais o governo venezuelano respondeu criticando suas palavras como "cínicas" e "desrespeitosas".