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Estado de Minas

Pompeo pede à ONU ação mais dura contra mísseis do Irã


postado em 12/12/2018 21:26

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, pediu nesta quarta-feira (12) à ONU que endureça as restrições aos mísseis iranianos, dizendo que a República Islâmica tem centenas de projéteis que poderiam atingir os aliados dos EUA.

Pompeo foi a Nova York para uma reunião do Conselho de Segurança sobre o Irã, que recentemente confirmou um teste balístico de médio alcance com o argumento de que é legal e necessário para sua defesa.

"Estamos colocando em risco a segurança de nosso povo se o Irã continuar a fornecer mísseis balísticos", disse Pompeo ao Conselho de Segurança.

"Corremos o risco de uma escalada de conflitos na região se não conseguirmos restabelecer a dissuasão. E transmitimos a todos os outros atores malignos que eles também podem desafiar o Conselho de Segurança com impunidade se não fizermos nada", disse ele.

O Irã tem "centenas de mísseis que representam uma ameaça para nossos parceiros na região", disse Pompeo, provavelmente referindo-se a Israel e aliados árabes como a Arábia Saudita.

Ele acrescentou que os Estados Unidos pressionariam para preservar um embargo de armas ao Irã que expirará em 2020.

"Também pedimos ao Conselho que estabeleça medidas de inspeção e proibição, nos portos e em alto mar, para impedir os esforços contínuos do Irã para contornar as restrições de armas existentes", disse Pompeo.

O secretário de Estado concentra-se principalmente em aumentar a pressão sobre o Irã, com o presidente Donald Trump se retirando de um acordo internacional para deter o programa nuclear de Teerã negociado com seu antecessor, Barack Obama.

Pompeo pediu para voltar a impor uma proibição ao Irã de desenvolver mísseis capazes de transportar armas nucleares, conforme descrito na Resolução 1929 do Conselho de Segurança de 2010.

Confirmando as preocupações dos EUA, um relatório da ONU apresentado ao Conselho de Segurança apontou que os recentes mísseis lançados pelos rebeldes huthi do Iêmen foram fabricados no Irã.

A Arábia Saudita tem feito ataques aéreos e um bloqueio contra os rebeldes, que compartilham laços religiosos com o Irã, provocando o que as Nações Unidas chamam de pior crise humanitária do mundo.

- Irã denuncia 'mentiras' -

Em resposta a Pompeo, o enviado iraniano Al Habib disse que o principal diplomata norte-americano considerava o Irã uma ameaça de vender mais "armas bonitas", citando sarcasticamente as razões de Trump para apoiar a Arábia Saudita.

Ele disse que os mísseis iranianos não são de natureza nuclear e apontou a necessidade de uma defesa forte, lembrando que as potências ocidentais apoiaram Saddam Hussein quando seus aviões destruíram cidades iranianas na guerra Irã-Iraque entre 1980 e 1988.

"O que ouvimos hoje foi outra série de mentiras, invenções, desinformação e declarações enganosas dos Estados Unidos", disse Al Habib, que mencionou os "infames discursos" de altos funcionários dos EUA no passado, uma clara referência às declarações de Colin. Powell de 2003, antes da invasão do Iraque.

"Pela primeira vez na história da ONU, um membro permanente deste Conselho está punindo descaradamente membros da ONU não por violar, mas por cumprir uma resolução do Conselho de Segurança", disse ele.


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