O enviado especial da ONU para o Iêmen propôs que os rebeldes abandonem a estratégica cidade portuária de Hodeida, no âmbito de um acordo de cessar-fogo que a colocaria sob o controle conjunto das forças em guerra - aponta um documento consultado pela AFP.
As Nações Unidas propõem que a coalizão pró-governo liderada pela Arábia Saudita cesse suas operações militares contra Hodeida em troca de uma retirada de combatentes da cidade.
Hodeida, por onde entra a maior parte da ajuda humanitária ao Iêmen, seria então colocada sob a tutela do governo e dos rebeldes, com a supervisão das Nações Unidas.
Os negociadores do governo devem dar uma resposta durante o dia, disseram membros de sua delegação à AFP.
O destino de Hodeida está no centro das negociações que estão sendo realizadas na Suécia sob os auspícios do mediador da ONU, o britânico Martin Griffiths.
A situação humanitária se deteriorou recentemente, devido à insegurança em Hodeida, por cujo porto no Mar Vermelho transitam 70% das importações iemenitas, segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA).
As forças pró-governo tentam, há meses, retomar esta cidade dos rebeldes, apoiados pelo Irã.
O governo do Iêmen exige em vão a retirada completa dos rebeldes do porto e os acusa de usá-lo para importar armas.
Segundo um funcionário da ONU, Hodeida é a questão mais "difícil" na agenda de consultas na Suécia.