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Estado de Minas

Haitianos e venezuelanos, principal força de trabalho migrante no Brasil


postado em 21/11/2018 11:40

Os haitianos são os imigrantes com maior inserção no mercado de trabalho formal brasileiro, seguidos dos venezuelanos, indica um relatório com dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.

Entre janeiro e junho deste ano, 11.769 haitianos foram contratados e 7.874 foram despedidos, o que dá um saldo de 3.895 haitianos empregados formalmente no Brasil, segundo os dados oficiais reunidos no Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra).

No mesmo período, 2.315 venezuelanos foram admitidos e 1.028 perderam seu emprego no Brasil, deixando um saldo positivo de 1.287 venezuelanos empregados no primeiro semestre de 2018.

Ambas as nacionalidades constituem fluxos recentes de imigração no Brasil. Os haitianos chegaram maciçamente desde 2010 após o terremoto que arrasou a ilha e os venezuelanos começaram a chegar em massa desde o ano passado, em meio à crise econômica e política em seu país.

"Nesse primeiro semestre são mais admissões. Sinaliza que o mercado de trabalho está apresentando uma tendência de recuperação na contratação de mão de obra imigrante no mercado formal" em 2017 e 2018 em relação aos dois anos anteriores, disse à AFP Leonardo Cavalcanti, coordenador científico do OBMigra.

Cavalcanti considerou que o aumento dessa demanda se deu principalmente no nível mais baixo da cadeia produtiva do agronegócio, para trabalhos em estabelecimentos como frigoríficos e matadouros.

Este setor se concentra em quatro estados do sul e do sudeste: São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Técnicos do OBMigra disseram à AFP que não é possível estimar quantos imigrantes trabalham no Brasil no mercado informal.

O aumento do fluxo de venezuelanos para o Brasil pela fronteira terrestre com o estado de Roraima (norte) deixou os serviços públicos desse pequeno estado à beira do colapso e gerou tensões com a população local.

Nos últimos três anos, mais de 100.000 venezuelanos entraram no país, e somente Roraima totalizou 75.500 solicitações de regularização desde 2015.

Os imigrantes constituem menos de 1% da população brasileira, estimada atualmente em 209 milhões de habitantes, de acordo com o IBGE.


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