O presidente sírio, Bashar al-Assad, pediu aos moradores da província de Sueida, de maioria drusa, que cumpram o serviço militar, poucos dias depois da libertação de vários membros desta minoria sequestrados pelo grupo Estado Islâmico (EI).
A comunidade drusa, um braço do islã xiita, se concentra essencialmente na província de Sueida (sudoeste) e tinha 700.000 membros antes do início da guerra na Síria, quase 3% da população do país.
Desde 2011, milhares de drusos, sobretudo os de Sueida, se negam a cumprir o serviço militar obrigatório e atuam em milícias locais que asseguram a defesa de suas regiões.
Damasco não expressa oposição desde que as milícias drusas não se aliem a grupos contrários à tropas do regime.
Assad agradeceu o exército, "sem o qual as pessoas sequestradas não teriam sido liberadas", durante um discurso para ex-reféns e suas famílias.
"Temos uma grande dívia (com o exército) e a responsabilidade de vocês é ainda maior", completou, em um vídeo divulgado pela presidência.
O presidente sírio disse que a primeira ação para apoiar o exército seria "alistar-se", cumprindo o serviço militar.
O grupo Estado Islâmico (EI) sequestrou no dia 25 de julho 30 drusos, principalmente mulheres e crianças, após uma série de atentados suicidas e ataques coordenados contra esta comunidade em Sueida.
Os ataques deixaram mais de 250 mortos, um dos mais graves para a comunidade drusa desde o início da guerra.
Em 8 de novembro, as autoridades anunciaram a libertação pelo exército de todos os reféns.
Assad afirmou que se os drusos cumprissem o serviço militar, o exército estaria na região que foi alvo dos extremistas.