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Morre aos 95 anos Stan Lee, lenda dos quadrinhos


postado em 12/11/2018 20:15

O americano Stan Lee, que revolucionou a cultura pop como criador da Marvel Comics de personagens icônicos como Homem-Aranha, os X-Men e Hulk, que saíram do papel e dominaram as telas de cinema, faleceu nesta segunda-feira (12) aos 95 anos.

"Marvel e toda a Walt Disney Company saúdam a vida e a carreira de Stan Lee e mostram a sua eterna gratidão pelas conquistas inegáveis que obteve. Cada vez que abrirem uma história em quadrinhos, Stan estará ali", escreveu a Marvel em comunicado.

"Stan Lee foi tão extraordinário quanto os personagens que criou. Um verdadeiro super-herói para os fãs da Marvel em todo o mundo. Stan tinha o poder de inspirar, entreter e conectar as pessoas", expressou Bob Iger, diretor executivo do Disney Group, que comprou a Marvel por quatro bilhões de dólares em 2009, o que permitiu aos super-heróis de Lee se tonarem estrelas do cinema em todo o mundo.

Nascido em Nova York, Stanley Martin Lieber, faleceu nesta segunda-feira em um hospital de Los Angeles, depois de sofrer várias doenças nos últimos anos, segundo a mídia americana especializada no mundo do entretenimento, como o Hollywood Reporter.

"Meu pai amava os seus fãs", disse sua filha J.C. ao site especializado em celebridade de Hollywood TMZ. "Foi o maior homem, o homem mais decente", acrescentou.

Nos anos 1960, com a Marvel, Lee revolucionou o mundo dos quadrinhos americano e, por consequência, a cultura popular mundial.

Seus personagens, de Homem de Ferro ao Pantera Negra, se converteram em figuras da indústria cinematográfica americana com as quais várias gerações de seguidores sonharam, elevando o desenhista à categoria de semideus.

Personalidades de todos os âmbitos não demoraram a homenageá-lo, prova da influência que teve na cultura popular.

"Descanse em paz, Stan Lee. O mundo imaginário e as maravilhas que você criou para a humanidade permanecerão para sempre", declarou o fundador da empresa americana Tesla, Elon Musk.

"Zeus, dê seu trono a ele. Agora há um verdadeiro líder entre os deuses", tuitou o desenhista de quadrinhos francês Joann Sfar.

- 'O adolescente comum' -

Nascido em 28 de dezembro de 1922 em uma família de imigrantes romenos, Stanley Martin Lieber entrou no mundo dos quadrinhos por acidente, graças a um tio que lhe conseguiu uma vaga em 1939, quando ainda era adolescente, na Timely Comics, no departamento de historinhas de uma editora local e origem do que depois foi a Marvel.

Martin Lieber se dedicou a encher os tinteiros dos desenhistas e de fazer o café, até que, em 1941, publicou o seu primeiro trabalho. Para preservar seu nome de batismo para as obras mais "nobres", Martin Lieber assinou como Stan Lee.

Lee soube dar ao gênero dos super-heróis um novo impulso, com a criação de personagens cujos superpoderes eram equilibrados com uma humanidade comovente, o que dava grande popularidade pela facilidade de o público se identificar com eles.

"Este cara, Peter Parker, só quero que seja o adolescente comum. Não se parece com qualquer outro super-herói musculoso", explicou no momento da criação de Homem-Aranha.

Conhecido por seus óculos escuros e por seu suéter verde, o desenhista conquistou a popularidade perfeita entre os fãs de quadrinhos e a cultura pop.

O grande público o conheceu graças às suas aparições em alguns dos filmes da Marvel, como em "Vingadores: Guerra Infinita", que junta vários dos personagens aos quais deu vida, no qual Stan Lee atua como motorista de ônibus.

Lee se tornou o embaixador dos quadrinhos nos Estados Unidos, multiplicando conferências em universidades e aparições em convenções de fãs. Tampouco recusava aparecer nos eventos do gênero, onde era reverenciado por seus seguidores.

Os últimos anos de sua vida estiveram marcados por vários conflitos judiciais. Iniciou um processo contra sua ex-empresa POW! Entertaiment, antes de abandonar esse litígio.

Uma massagista o acusou de agressão sexual, o que ele negava.

Em junho, seu advogado também pediu medidas cautelares contra seu ex-assistente. Dizia que Lee era vítima de abuso de fraqueza.

Seu advogado explicou que, nos últimos anos de sua vida, Lee sofria de "perda de memória, problemas de visão e audição" e que era "incapaz de suportar a influência" exercida sobre ele por seu assistente.


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