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Estado de Minas

Macron tenta reduzir tensão Trump sobre defesa europeia


postado em 10/11/2018 15:47

Emmanuel Macron recebeu Donald Trump neste sábado em Paris, em um encontro no qual tentou acalmar as tensões sobre a delicada questão da defesa europeia, após considerar "insultante" a proposta francesa de criar um exército europeu.

Trump está na capital francesa para as comemorações do fim da Primeira Guerra Mundial, que contarão com a presença de 70 dirigentes do mundo todo.

Em uma tentativa de dar fim à polêmica, os dois líderes enfatizaram seu relacionamento íntimo. "Nós nos tornamos muito bons amigos" ao longo do tempo, disse Trump, que estava menos caloroso com Macron do que em outras ocasiões.

"Devemos distribuir melhor o fardo dentro da Otan", afirmou Macron no início da reunião. Trump disse que "aprecia" essas palavras, embora tenha insistido em exigir que os europeus aumentem seus gastos militares.

"Queremos ajudar a Europa", acrescentou o inquilino da Casa Branca, mas ressaltou que a contribuição deve ser "justa". "Até agora, o fardo caiu em grande parte nos Estados Unidos", disse ele, com o rosto visivelmente torcido.

"Precisamos de mais investimentos", acrescentou Macron, que não mencionou diretamente a questão da criação de um exército europeu que provocou a fúria de Trump.

- 'Confusão' -

Em um tuíte assim que pousou na França na noite de sexta-feira, Trump escreveu: "O presidente Macron acaba de sugerir que a Europa construa seu próprio exército para se proteger dos Estados Unidos, China e Rússia".

"Muito insultante, mas talvez a Europa deva pagar a antes sua parte à Otan, que os Estados Unidos subsidiam amplamente!", acrescentou.

Em seu tuíte, o presidente parecia se referir a declarações feitas por Macron nesta semana, quando defendeu um "verdadeiro exército europeu" para proteger melhor a Europa.

Na manhã de sábado, a presidência francesa afirmou que Macron "nunca disse que tinha que criar um exército europeu contra os Estados Unidos" e atribuiu isso a uma "confusão" na interpretação de suas palavras.

Grande parte de Europa está abrigada sob o escudo dos Estados Unidos desde o final da Segunda Guerra Mundial, sem pagar um preço satisfatório na opinião de Trump.

Macron sempre defendeu que a Europa reforce sua Defesa.

- Muitas divergências -

Esta é apenas uma das profundas discordâncias políticas entre os dois mandatários, em temas como meio ambiente, programa nuclear iraniano, relações comerciais e, de forma geral, a governança mundial, para a qual Macron defende o multilateralismo, que Trump condena.

Após a reunião, a primeira-dama americana, Melania Trump, chegou ao Eliseu, onde foi recebida por Brigitte Macron. Os quatro almoçaram juntos.

A Casa Branca anunciou o cancelamento de uma visita de Trump ao cemitério americano de Bois Belleau, no norte de Paris, que estava prevista para a tarde, devido ao mau tempo.

Já Macron viajará após o encontro com Trump a uma região perto de Compiègne, ao norte de Paris, para uma cerimônia com a chanceler alemã Angela Merkel.

Lá foi assinado, em 11 de novembro de 1918, no vagão de um trem, o armistício que selou o fim da Primeira Guerra Mundial, após anos de combates que deixaram 18 milhões de mortos.

À noite, Emmanuel e Brigitte Macron, acompanhados de Trump e Merkel e seus respectivos cônjuges, se reunirão com os demais convidados no Museu de Orsay de Paris, para uma visita da exposição dedicada ao artista espanhol Pablo Picasso seguida de um jantar oficial.


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