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Estado de Minas

Banco Central mantém Selic em 6,5%, mínimo histórico


postado em 01/11/2018 07:59

O Banco Central (BC) manteve nesta quarta-feira a taxa básica de juros Selic a 6,5%, seu mínimo histórico, em sua primeira reunião após a eleição do presidente Jair Bolsonaro.

A decisão, aprovada por unanimidade entre os nove membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, era esperada pela maioria dos analistas.

Bolsonaro foi eleito com promessas de que seu futuro ministro da Fazenda, Paulo Guedes, reduziria substancialmente os gastos públicos para reduzir o endividamento público.

Sem se referir a essas perspectivas, o comunicado do Copom se limita a indicar que seus próximos passos em relação à Selic "continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação".

Entre os riscos, o BC cita os relacionados a "uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira", que poderiam se intensificar com uma "deterioração do cenário externo para economias emergentes".

Principal ferramenta de combate a inflação, a taxa básica de juros está em seu mínimo histórico desde março, após vários cortes.

O aumento dos preços está perto da meta estabelecida pelo governo, que é de 4,5% para 2018.

A pressão sobre os preços caiu nas últimas semanas, após o real brasileiro subir em relação ao dólar à medida em que a vitória de Jair Bolsonaro nas eleições parecia cada vez mais provável.

O dólar fechou em alta nesta quarta, a R$ 3,72, embora tenha alcançado R$ 4,20 em setembro, quando candidatos contrários à política de ajuste estavam bem posicionados nas pesquisas.

A Confederação Nacional de Indústrias (CNI) considerou que a decisão do Copom foi "acertada" e aponta que "a retomada da trajetória de queda dos juros depende das ações do governo eleito", que assumirá em 1º de janeiro.

A Força Sindical denunciou um conservadorismo excessivo do Copom, pedindo um novo ciclo de cortes para incentivar a economia.

A expectativa do mercado é que 2018 termine com uma inflação de 4,43% e com um crescimento do PIB de 1,36%.


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