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Estado de Minas

Justiça peruana envia Keiko Fujimori à prisão por caso Odebrecht


postado em 01/11/2018 07:59

A Justiça peruana enviou nesta quarta-feira (31) à prisão a poderosa líder opositora Keiko Fujimori, acusada de receber contribuições ilegais da empreiteira Odebrecht, ameaçando sua aspiração de ser novamente candidata à Presidência, em 2021.

Ao acatar o pedido de um procurador anticorrupção, o juiz Richard Concepción Carhuancho impôs uma prisão preventiva de 36 meses à primogênita do ex-presidente Alberto Fujimori, cujo partido controla o Congresso.

"A única medida necessária em seu caso é, indubitavelmente, a prisão preventiva", pois ela interferiu nos poderes do Estado, como o Congresso, e tentou obstruir a Justiça, assinalou o magistrado.

O juiz ditou a ordem de prisão imediata contra Keiko, de 43 anos, que abraçou seu marido, Mark Vito Villanella, antes de ser levada por vários agentes policiais.

O juiz indicou que existe a "suspeita grave" de que Keiko dirigia uma "organização criminosa de fato que surgiu dentro do partido" fujimorista, que lavava dinheiro de origem ilícita.

A ordem de prisão preventiva foi pedida pelo procurador José Domingo Pérez, que a acusa de receber 1,2 milhão de dólares de forma ilegal da Odebrecht para sua campanha de 2011.

"O juízo deste gabinete é que existe suspeita grave" de que Keiko lavou dinheiro, disse Carhuancho, a quem a líder opositora acusa de estar em coluio com o procurador Pérez.

A advogada Giuliana Loza declarou que apelará da decisão no prazo legal de três dias.

O juiz afirmou que essa "organização criminosa" integrada por 13 pessoas tomava todas as decisão no partido fujimorista "passando por cima do comitê política" e da bancada parlamentar.

A intenção da organização era ter "poder político e, uma vez no poder, cometer crimes de corrupção", expressou Carhuancho, que agora deve decidir os pedidos de prisão para outros 10 acusados no mesmo caso.

O juiz levou quase oito horas para fundamentar a sua sentença, acrescentando que o Tribunal Constitucional fixou "um padrão muito mais exigente" para a prisão preventiva quando, em junho, libertou o ex-presidente Ollanta Humala (2011-2016) e sua esposa, Nadine.

Os Humala eram os únicos políticos peruanos que, antes de Keiko, estiveram presos (nove meses) pelo caso Odebrecht.


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