A recente aproximação entre as Coreias e entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos não trouxeram avanços em respeito aos direitos humanos, lamentou nesta terça-feira (23) um alto funcionário da ONU.
"A situação dos direitos humanos no momento atual não mudou na Coreia do Norte, apesar de progressos importantes em matéria de segurança, paz e prosperidade", declarou durante uma coletiva de imprensa Tomás Ojea Quintana, relator especial da ONU sobre direitos humanos na Coreia do Norte.
O funcionário pediu a Pyongyang que dê sinais de boa vontade e comece a avançar nesse campo a partir das próximas cúpulas com a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
A aproximação entre as duas Coreias é "um desenvolvimento extraordinário e o encontro em junho passado entre Kim Jong Un e Donald Trump é "muito importante", acrescentou.
Entretanto, nem o comunicado conjunto emitido depois dessa cúpula, nem a declaração assinada pelos presidentes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul mencionam o tema dos direitos humanos, lamentou.
Tomás Ojea Quintana não tem acesso à Coreia do Norte. Seu trabalho é baseado em entrevistas e testemunhos de cidadãos que deixaram o país.
O funcionário pediu à nova comissária de direitos humanos na ONU, a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet, que o tema das prisões políticas na Coreia do Norte não continue sendo ignorado.