O sucesso de Jair Bolsonaro - um capitão da reserva do Exército - nas eleições presidenciais de domingo mais do que duplicou a eleição de militares para o Congresso.
No total, 22 candidatos que se declararam militares - da ativa, da reserva ou reformados - foram eleitos no domingo para a Câmara dos Deputados, contra dez da atual legislatura, segundo números obtidos com a Agência Brasil.
Para o Senado foram eleitos dois militares, incluindo Sérgio Olimpio Gómes, conhecido como major Olimpio, que obteve mais de nove milhões de votos no Estado de São Paulo.
O major Olimpio é membro do Partido Social Liberal (PSL), de Bolsonaro, cujo número de deputados saltou de oito para 52 após a eleição de domingo, incluindo 13 militares.
Nas Assembleias Legislativas eleitas nos 27 estados do país, a Agência Brasil informa a presença de mais de 60 militares.
"Significa que hoje diminuiu o ranço contra os militares. O afastamento do regime militar foi diminuindo esse preconceito. O fato de as Forças Armadas terem um alto grau de credibilidade, favorece essa intenção de se candidatar", afirmou o general da reserva Augusto Heleno Ribeiro Pereira, um dos conselheiros de Bolsonaro.