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Estado de Minas

Caso de supostos espiões russos expulsos da Holanda é um "mal- entendido", segundo Lavrov


postado em 08/10/2018 10:18

A detenção e expulsão em abril de quatro supostos espiões russos da Holanda é um "mal-entendido", porque eles estavam realizando uma "viagem de rotina", afirmou nesta segunda-feira o chefe da diplomacia russa, Serguéi Lavrov.

O ministério das Relações Exteriores russo informou nesta segunda-feira que convocará o embaixador holandês em Moscou para abordar este assunto, segundo informaram as agências russas.

"Não havia nenhum segredo na viagem de nossos especialistas à Holanda. Era uma viagem de rotina", declarou Lavrov em uma entrevista coletiva em Moscou com seu homólogo italiano, Enzo Moavero Milanesi. Os quatro russos expulsos tinham passaportes diplomáticos.

"Foram detidos sem explicação (...) e pediu-se a eles que fossem embora. Pareceria um mal-entendido", disse o ministro. Ele acrescentou que não houve protestos diplomáticos pelo incidente em abril.

Lavrov não informou quais são as especialidades das pessoas detidas na Holanda e também não disse o que entendia por "viagem de rotina".

Segundo Lavrov, este caso, que remonta a abril, mas que a Holanda tomou conhecimento na última quinta-feira, demonstra um "desprezo em relação aos mecanismos (...) existentes para tratar tais assuntos".

O chefe da diplomacia russa também confirmou que o embaixador holandês em Moscou será convocado nesta segunda-feira ao ministério das Relações Exteriores para tratar o caso.

"Em relação à campanha de desinformação organizada em Haia, o embaixador holandês será convocado ao ministério das Relações Exteriores nesta segunda-feira", afirmou às agências russas.

Antes dessas declarações, ele havia dito que Haia não deu provas que respalde as acusações, segundo as quais espiões russos tentaram em abril hackear a sede da Organização Internacional para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ).

As autoridades holandesas explicaram nesta quinta-feira que os supostos agentes russos colocaram um veículo repleto de equipes de vigilância eletrônica no estacionamento de um hotel próximo à sede da OPAQ, em Haia, para piratear seu sistema informático.

A tentativa de ciberataque ocorreu em abril, quando a organização analisava um suposto uso de armas químicas na Síria, que os países ocidentais atribuíram a Moscou, e o envenenamento com uma substância neurotóxica do ex-espião russo Serguei Skripal na Inglaterra, pelo qual Londres também acusou a Rússia.

A Rússia denunciou "um ato de propaganda", e ironizou o que denominou como "a espionagem aguda dos ocidentais", segundo escreveu o ministério das Relações Exteriores russo em comunicado.

Holanda, Reino Unido, Canadá, Austrália, Estados Unidos e França acusam o Kremlin de ter orquestrado uma série de ciberataques mundiais.


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