O presidente sírio, Bashar al Assad, qualificou de "temporário" o acordo russo-turco que prevê uma "zona desmilitarizada" em Idlib e em sua periferia, e assegurou que o regime reconquistará esse território em mãos dos rebeldes, informou neste domingo a agência estatal Sana.
"O acordo é uma medida temporária graças à qual o regime marcou pontos no terreno", declarou o presidente Assad durante uma reunião do comitê central de seu partido Baas, segundo Sana.
Na guerra que devasta a Síria, a Rússia é aliada do regime de Assad, e a Turquia apoia alguns grupos rebeldes que enfrentam as forças do governo.
Ambos os países anunciaram em 17 de setembro um acordo para criar uma zona desmilitarizada de entre 15 e 20 km de largura para separar os territórios rebeldes dos setores controlados pelo regime sírio.
Segundo o estipulado, a retirada das armas pesadas nessa zona deverá ser realizada antes da próxima quarta-feira, e a saída dos jihadistas deverá estar concluída até 15 de outubro.
"Essa província e outros territórios que continuam controlados por terroristas voltarão ao Estado sírio", afirmou Assad, segundo a Sana. O presidente qualifica de terroristas os rebeldes e os jihadistas, sem distinção.
A guerra da Síria deixou mais de 360.000 mortos desde 2011, e o acordo sobre Idlib permitiu evitar uma ofensiva iminente do regime que fazia com que as ONGs e a ONU temessem uma "catástrofe humanitária".