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Estado de Minas

Ataque na Cisjordânia mata dois israelenses


postado em 07/10/2018 10:00

Dois israelenses morreram e um ficou ferido em um ataque, neste domingo (7), numa zona industrial adjacente a uma colônia na Cisjordânia ocupada, um ato descrito como "terrorista" pelo Exército israelense.

Um porta-voz do Exército, Jonathan Conricus, declarou à AFP que o agressor é um palestino de 23 anos, funcionário da zona industrial de Barkan, no norte da Cisjordânia ocupada. Ele segue foragido.

O Exército israelense descreveu o ataque como "terrorista", acrescentando que o autor teriam outras motivações, mas não forneceu mais detalhes.

"Foi o que chamamos de um ataque cometido por um lobo solitário", disse Conricus.

De acordo com o serviço Maguen David Adom, o equivalente à Cruz Vermelha, uma mulher e um homem de 30 anos morreram. Outra mulher de 54 anos ficou gravemente ferida, mas sua vida não está em perigo.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou este "grave ataque terrorista" e se mostrou confiante de que o agressor seria preso e levado à justiça.

"Não foi apenas um ataque contra inocentes realizando suas atividades diárias, foi também um ataque contra a possibilidade de israelenses e palestinos coexistirem pacificamente", declarou em um comunicado o presidente israelense Reuven Rivlin.

A Jihad Islâmica, segunda força islamita nos Territórios Palestinos atrás do Hamas, chamou o ataque de uma "resposta natural aos crimes da ocupação em Gaza, Jerusalém e Khan al Ahmar", uma aldeia beduína na Cisjordânia ocupada que os israelenses prometeram demolir.

A zona industrial está localizada ao lado das colônias de Barkan e Ariel, no norte da Cisjordânia, um território palestino ocupado por Israel há mais de 50 anos. Palestinos e israelenses trabalham lado a lado nessa zona industrial.

Yossi Dagan, que dirige o conselho regional de assentamentos onde aconteceu o ataque, afirmou que ficou emocionado ao "ver os funcionários judeus e palestinos de pé, juntos e chorando" após o incidente.

Ele acusou os líderes palestinos de "encorajar este terrível ataque terrorista".

Em outubro de 2015, uma onda de violência começou, diminuindo consideravelmente posteriormente, mesmo que ataques esporádicos e isolados de palestinos persistam.

O último desses episódios ocorreu há menos de um mês, quando um palestino matou um israelense esfaqueado em Gush Etzion, um bloco de assentamentos israelenses no sul da Cisjordânia ocupada.

Os assentamentos são agrupamentos habitacionais civis israelenses nos Territórios Palestinos ocupados. Eles são considerados ilegais pelo direito internacional.

Entre a Cisjordânia ocupada e Jerusalém Oriental anexada, mais de 600.000 colonos israelenses vivem, muitas vezes em conflito, com três milhões de palestinos.


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