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Estado de Minas

Momentos cruciais da onda expansiva do movimento #MeToo no mundo


postado em 04/10/2018 08:30

Há um ano, o escândalo em torno do produtor de cinema Harvey Weinstein provocou uma liberação da palavra contra a violência sexual e o sexismo em todo mundo e transformou a hashtag #MeToo em símbolo do movimento.

- Weinstein -

Em 5 de outubro de 2017, o jornal "The New York Times" publicou os testemunhos de atrizes que disseram terem sido assediadas pelo todo-poderoso produtor de Hollywood Harvey Weinstein, durante quase três décadas.

Denunciado depois por mais de 100 mulheres, estrelas, ou assistentes na indústria do cinema, ele foi acusado de estupro e de agressões sexuais.

- #MeToo -

Em outubro de 2017, a atriz americana Alyssa Milano lança o #MeToo, desencadeando uma onda de testemunhos em todo mundo.

A ativista americana pelos direitos civis Tarana Burke fundou o movimento #MeToo em 2006 e, graças à campanha que explodiu uma década depois, disse em maio que havia chegado a hora de as vítimas sexuais passarem à ação e se organizarem para poderem dar a todas essas mulheres os recursos necessários.

- Kevin Spacey -

O ator americano Kevin Spacey foi acusado, no final de outubro de 2017, de ter agredido vários homens sexualmente, incluindo menores. A denúncia provoca sua demissão da bem-sucedida série de televisão "House of Cards" estrelada por ele, que também é cortado do último filme de Ridley Scott, "Todo o dinheiro do mundo". Suas cenas foram regravadas com Christopher Plummer.

- Ministros -

No Reino Unido, o ministro da Defesa, Michael Fallon, acusado de assédio sexual, renuncia em 1º de novembro de 2017, e o vice-primeiro-ministro Damian Green, em 20 de dezembro. Depois, outros políticos foram denunciados em vários países.

- 'Liberdade de importunar' -

A atriz francesa Catherine Deneuve dá o contragolpe ao movimento em janeiro de 2018, ao assinar, junto com centenas de mulheres, uma coluna que defende a "liberdade de importunar". Depois de gerar polêmica, ela pede desculpas "apenas" às vítimas de agressões.

- O Nobel em meio à tempestade -

Em maio de 2018, explode um escândalo ligado ao francês Jean-Claude Arnault, marido de uma acadêmica e acusado de estupro, ou agressão sexual, por 18 mulheres em novembro de 2017. O caso abala a Academia Sueca e obriga o adiamento, por um ano, do Prêmio Nobel de Literatura. Na última segunda-feira (1º), Arnault foi condenado a dois anos de prisão por estupro de uma jovem, em outubro de 2011, em seu apartamento de Estocolmo. Ele apelou.

- Provas contundentes -

Os processos referentes às acusações prévias ao caso Weinstein tomaram outra dimensão à luz do movimento.

Revelado em 2016, o maior escândalo sexual na história do esporte nos Estados Unidos teve seu desfecho no início de 2018, quando o ex-médico da equipe de ginástica Larry Nassar foi condenado a várias penas de prisão por agressão sexual durante dus décadas contra pelo menos 265 vítimas - a maioria menores.

Em setembro de 2018, o ator Bill Cosby é condenado a uma pena de três a dez anos de prisão por agressão sexual. Desde 2014, mais de 60 mulheres o acusam, mas a maioria das acusações era sobre fatos que haviam prescrito.

- Acusadora acusada -

Figura do movimento #MeToo após acusar Weinstein de estupro, a atriz italiana Asia Argento passou a ser acusada em agosto 2018. Ela é suspeita de pagar 380.000 dólares ao ator e músico Jimmy Bennett. Ele disse ter sido atacado sexualmente pela atriz em 2013, quando tinha 17 anos.

No início, ela negou ter tido uma relação sexual com Bennet, mas, no domingo passado, reconheceu um encontro sexual com o jovem que, "literalmente, se jogou em cima de mim", contou a atriz em um programa da televisão italiana.

- Juiz sob escrutínio -

O candidato do presidente Donald Trump ao cargo de juiz da Suprema Corte Brett Kavanaugh é acusado, em setembro de 2018, de agredir, ou assediar, sexualmente três jovens, quando era adolescente. Uma das acusadoras, Christine Blasey Ford, e o juiz foram ouvidos em uma audiência histórica no Senado. Sob pressão, Trump ordenou uma investigação ao FBI (a Polícia Federal americana).

- Ronaldo -

Na última segunda-feira, a Polícia de Los Angeles anunciou a reabertura de uma investigação pelas acusações de uma ex-modelo americana. Segundo ela, o jogador de futebol português Cristiano Ronaldo a violentou em 2009 em um hotel em Las Vegas. Depois, ele a pressionou para assinar um acordo econômico e de confidencialidade, o que ele nega de forma categórica.


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