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Estado de Minas

Cristiano Ronaldo nega acusações e chama estupro de 'crime abjeto'


postado em 03/10/2018 22:06

O português Cristiano Ronaldo negou com veemência nesta quarta-feira as acusações de que teria estuprado uma ex-modelo durante férias em Las Vegas, em 2009.

"Nego terminantemente as acusações de que sou alvo. Considero o estupro um crime abjeto, contrário a tudo aquilo que sou e em que acredito", escreveu o atacante de 33 anos em sua conta na rede social Twitter.

"Não vou alimentar o espetáculo midiático montado por quem quer se promover às minhas custas", continuou.

"Aguardarei com tranquilidade o resultado de qualquer investigação e processo, pois nada me pesa na consciência".

"Minha consciência limpa me permitirá esperar com tranquilidade os resultados de todas e cada uma das investigações".

Kathryn Mayorga, 34 anos e residente de Las Vegas, acusou o jogador de tê-la violentado em 13 de junho de 2009, em processo de 32 páginas apresentado na corte do estado de Nevada.

A polícia de Las Vegas anunciou nesta semana ter reaberto um caso daquela mesma data, mas não identificou a vítima ou o suspeito.

Mayorga afirma ter sido pressionada a assinar um acordo de confidencialidade para manter o estupro em segredo. Agora, pede 200.000 dólares em danos e prejuízos.

Os advogados de Mayorga explicaram nesta quarta-feira que obtiveram documentos através do site Football Leaks - descrito como uma versão do futebol do WikiLeaks - nos quais o jogador discute com sua equipe detalhes da negociação com a suposta vítima visando um acordo extrajudicial, que incluiria 375.000 dólares e a assinatura de um pacto de confidencialidade.

Segundo os advogados, os documentos revelam que Ronaldo admitiu para sua "equipe" que "manteve relações sexuais" com Mayorga, mas negou a penetração anal.

Tais documentos "podem servir de evidência da agressão sexual a Kathryn Mayorga por parte de Cristiano Ronaldo", disse o advogado Leslie Stovall aos jornalistas.

No processo, publicado pelo diário esportivo alemão Der Spiegel, Mayorga explica que conheceu Cristiano Ronaldo, na época com 24 anos, na tarde de 12 de junho de 2009 na boate Rain do Palms Hotel and Casino de Las Vegas e que aceitou um convite para ir ao quarto do jogador ao lado de alguns amigos para "aproveitar a vista" da cidade.

Na suíte, foi convidada a tomar banho de jacuzzi, mas ela se negou por não ter traje de banho, ainda segundo o processo.

- "Não, não, não" -

Ronaldo teria então oferecido um traje e acompanhado Mayorga ao quarto para que ela pudesse se trocar. Lá, teria pedido para que a jovem fizesse sexo oral com ele, mas, diante da resposta negativa, teria violentado a modelo enquanto ela gritava "Não, não, não".

"Quando Cristiano terminou o ataque sexual, permitiu que ela deixasse o quarto e pediu desculpas, porque normalmente era um cavalheiro", diz o documento.

Devido à forte pressão que recebeu por parte de "representantes" do entorno de Cristiano Ronaldo, Mayorga aceitou encerrar o caso "em troca de 375.000 dólares e um acordo de confidencialidade" para não revelar o ocorrido.

Os advogados da ex-modelo pedem que este acordo seja anulado porque Mayorga "não tinha a capacidade mental para participar de negociações devido às lesões sofridas durante o ataque sexual".

Em entrevista ao Der Spiegel, Mayorga afirma ter se inspirado a tornar o caso público no movimento #MeToo, que expôs diversos casos de abusos sexuais realizados por homens poderosos.

Cristiano Ronaldo, casado e pai de quatro filhos, é um dos atletas mais famosos do mundo, tendo conquistado cinco vezes o prêmio de melhor jogador do mundo.


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