(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Kim Jong Un diz que visitará Seul e concorda em fechar local de testes de mísseis


postado em 19/09/2018 15:48

O líder norte-coreano Kim Jong Un afirmou nesta quarta-feira que pode viajar a Seul em um futuro próximo, no que seria a primeira visita de um governante da Coreia do Norte à capital sul-coreana desde a divisão da península, e concordou em fechar um local de testes de mísseis.

"Prometi ao presidente Moon Jae-in que visitarei Seul em um futuro próximo", disse Kim durante a entrevista coletiva ao final da reunião de cúpula em Pyongyang.

Moon Jae-in, que visitou a capital norte-coreana com o objetivo de relançar as negociações sobre a desnuclearização da Coreia do Norte, avaliou que a visita de Kim poderá ocorrer ainda este ano, sempre e quando não a impeçam "circunstâncias particulares".

O presidente sul-coreano anunciou ainda que a Coreia do Norte aceitou "fechar de forma permanente" a área de testes de mísseis de Tongchang-ri, também conhecida como Sohae, "na presença de especialistas dos países afetados".

A Coreia do Norte é alvo de múltiplas sanções do Conselho de Segurança da ONU devido a seus programas nuclear e balístico, proibidos, e já realizou vários lançamentos de mísseis a partir de Tongchang-ri.

Mas também anunciou disparos a partir de outras instalações, como o Aeroporto Internacional de Pyongyang, o que relativiza o alcance dos compromissos de Kim.

O presidente sul-coreano afirmou ainda que a Coreia do Norte poderá fechar o complexo nuclear de Yongbyon, desde que Washington adote as "medidas correspondentes", uma medida também formulada de forma vaga.

- Degelo e diplomacia -

Moon e Kim se encontraram em abril para uma primeira reunião muito simbólica na Zona Desmilitarizada (DMZ) que divide a península.

Em junho aconteceu o encontro histórico, em Singapura, entre o líder norte-coreano e o presidente americano Donald Trump.

Na reunião de Singapura, Kim reiterou o compromisso norte-coreano a favor da desnuclearização da península, mas sem entrar em detalhes.

Washington e Pyongyang divergem sobre o que significa exatamente o compromisso.

O governo americano exige "uma desnuclearização definitiva e completamente verificada", enquanto o regime norte-coreano quer uma declaração oficial dos Estados Unidos para encerrar a guerra da Coreia, que terminou em 1953 com um simples armistício.

Neste contexto, uma visita de Kim a Seul - inédita desde o fim da guerra - permitiria ao Norte e ao Sul a retomada de projetos de cooperação.

O dirigente norte-coreano deseja que seu país se beneficie da potência econômica do Sul, enquanto Moon pretende afastar da península o fantasma de um devastador conflito intercoreano.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comemorou, por sua parte, "progressos extraordinários" com a Coreia do Norte.

"Fazemos progressos extraordinários sobre a Coreia do Norte", disse Trump nos jardins da Casa Branca antes de se dirigir para a costa sudeste do país para visitar as áreas devastadas pelo furacão Florence.

"Lembrem-se de uma coisa: antes de eu ser presidente, muita gente achava que uma guerra com a Coreia do Norte era inevitável", acrescentou.

"Hoje, as relações, pelo menos em um nível pessoal, são excelentes", afirmou o presidente, sem mencionar a questão fundamental da desnuclearização.

- Modernidade -

O jornal Rodong Sinmun, órgão oficial do Partido Comunista que governa o Norte, fez uma grande cobertura da reunião, com a publicação de 35 fotos em quatro de suas seis páginas na edição desta quarta-feira.

A primeira página tem imagens do cumprimento entre os dois governantes no aeroporto de Pyongyang e da aclamação, cuidadosamente coreografada, durante a passagem de Kim e Moon pelas ruas da capital.

Pyongyang quer passar uma imagem de modernidade, o que se reflete em vários eventos previstos no programa oficial.

Nesta quarta-feira, Moon e sua delegação deveriam jantar em um restaurante de frutos do mar recentemente inaugurado ao lado do Taedonggang, o rio que atravessa a capital.

O local fica diante da colina Mansu, onde as estátuas gigantes do fundador da Coreia do Norte, Kim Il Sung, e de seu filho e sucessor, Kim Jong Il, dominam a paisagem.

Moon também deve comparecer a um "espetáculo das massas", com milhares de figurantes nas arquibancadas do Estádio Primeiro de Maio.

O líder norte-coreano Kim Jong Un e o presidente sul-coreano Moon Jae-in anunciaram o desejo de apresentar uma candidatura conjunta para organizar os Jogos Olímpicos de 2032, um novo sinal de aproximação entre os países da península coreana.

Também prometeram uma série de iniciativas bilaterais, tais como a organização de encontros regulares entre famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-53), e a intenção de conectar suas redes ferroviária e rodoviária.

O líder de Pyongyang também anunciou uma visita a Seul e concordou em fechar uma área de teste de mísseis.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)