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Estado de Minas

Novos bombardeios russos e sírios contra Idlib antes da ofensiva final


postado em 09/09/2018 14:24

Apoiado pela Rússia, o governo sírio retomou neste domingo (9), após uma breve pausa, os bombardeios na província de Idlib, no noroeste da Síria, onde morreram duas crianças - informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Trata-se do segundo dia de bombardeios em Idlib, depois de que as negociações em Teerã sobre o futuro do último reduto rebelde e extremista fracassaram.

No sábado, os caça-bombardeiros russos lançaram os "mais intensos" ataques em um mês nessa província, na preparação para uma vasta ofensiva, de acordo com o OSDH, nos quais morreram ao menos nove civis.

No domingo, depois de algumas horas de pausa, "helicópteros das forças do regime largaram cerca de 40 barris de explosivos na localidade de Hbit, no sul da província, matando pelo menos duas crianças", disse à AFP o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman. Outras seis pessoas ficaram feridas.

Em paralelo, acrescentou ele, a aviação russa lançou "mais de dez ataques" sobre a cidade de Latamné, no nordeste da província de Hama, zona adjacente a Idlib e que também é controlada por rebeldes e grupos extremistas.

Hayat Tahrir al Sham (HTS), a organização jihadista criada pelo ex-braço sírio da Al-Qaeda, controla 60% da província de Idlib, e o restante está nas mãos de grupos rebeldes rivais.

Os bombardeios feriram cinco rebeldes e atingiram um hospital, que ficou fora de serviço.

Perto da localidade de Hass, situada no setor sul de Idlib, outra infraestrutura hospitalar sofreu grandes danos no sábado, devido aos bombardeios.

A intensidade dos bombardeios diminuiu a partir da tarde deste domingo, indicou o OSDH.

- "Catástrofe" -

Este recrudescimento da violência ocorre após o fracasso, na sexta-feira, de uma cúpula entre os presidentes de Rússia e Irã, aliados do governo Bashar al-Assad, e Turquia, que apoia os rebeldes, para chegar a um compromisso sobre Idlib.

A ONU diz que teme uma nova "catástrofe humanitária" e o deslocamento de 800.000 pessoas em caso de assalto.

O medo é "imenso" entre os habitantes e as equipes médicas, afirmou à AFP, em Genebra, o chefe dos serviços de saúde da província, Munzer al-Khalil, assegurando que teme "a crise mais catastrófica da nossa guerra".

Desde quinta-feira, centenas de famílias fogem de suas casas nos setores bombardeados de Idlib, na mira de Damasco e de Moscou por sua proximidade com as zonas controladas pelas forças leais ao governo sírio.

As tropas do regime se reuniram durante semanas em volta de Idlib, depois de retomarem o controle de outras áreas do país no início deste ano.

O conflito na Síria, que começou em 2011, deixou mais de 350.000 mortos e obrigou milhões de pessoas a deixarem suas casas.


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