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Estado de Minas

Cidade iraquiana de Basra decreta toque de recolher em meio a protestos


postado em 06/09/2018 19:54

A cidade de Basra, no sul do Iraque, cenário de protestos sociais há vários dias, decretou o toque de recolher nesta quinta-feira, depois que uma pessoa morreu e 35 foram feridas durante novas manifestações.

"Uma pessoa morreu e 35 foram feridas, entre elas 24 civis e 11 membros das forças de segurança" em Basra, capital da província de mesmo nome, indicou em um comunicado Seif al Badr, porta-voz do ministério da Saúde.

Milhares de pessoas voltaram a se reunir nesta quinta-feira em frente à sede do governo, parcialmente incendiada, de Basra, cidade petrolífera do sul do Iraque onde sete manifestantes foram mortos desde terça-feira nos arredores do prédio.

Na noite desta quinta-feira, colunas de fumaça saíam da sede do governo, da residência do governador provincial e das sedes dos partidos políticos, enquanto milhares de manifestantes permaneciam nas ruas, constatou a AFP.

Na cidade, palco há vários dias de manifestações acompanhadas de distúrbios e até mesmo confrontos, os bombeiros têm tido muito trabalho. A população protesta contra a falta de serviços básicos em Basra.

Eles tentam extinguir os focos de incêndio desencadeados por coquetéis Molotov e objetos incendiárias lançados contra edifícios públicos.

A sede do governo, um imponente complexo cercado por um muro de concreto, tornou-se para os manifestantes o símbolo da corrupção dos políticos e da incapacidade do Estado de garantir os serviços básicos nesta região, a única do Iraque a ter acesso ao mar.

"As pessoas protestam e o governo não dá nenhuma atenção, ele as trata como vândalas. Ninguém é vândalo. As pessoas estão de saco cheio, então lançam pedras e queimam pneus, porque ninguém dá respostas", afirma Ali Saad, de 25 anos, entrevistado pela AFPTV nas proximidades do edifício onde as ruas estão cheias de detritos.

Para Ahmed Kazem, "o Estado deve responder às exigências dos manifestantes para que a situação não piore".

Ao menos 22 pessoas morreram desde 8 de julho em Basra em manifestações .

Jornalistas da AFP constataram que a residência do governador está em chamas e testemunhas confirmaram incêndios nas sedes de várias organizações políticas em Basra.

As sedes de grupos armados xiitas, poderosos na província, também foram incendiados, a exemplo do quartel da organização Badr, grupo armado apoiado pelo Irã.

Os ativistas de direitos humanos acusam as forças de segurança de atirar contra os participantes dos protestos, enquanto o governo culpa indivíduos violentos entre os manifestantes pela violência.


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