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Estado de Minas

Relembre os escândalos de pedofilia na Igreja Católica


postado em 22/08/2018 11:48

Nos últimos 25 anos, a Igreja Católica enfrenta vários escândalos de pedofilia, como o que explodiu na Pensilvânia, onde centenas de padres abusaram sexualmente de mais de 1.000 crianças ao longo de décadas.

- ESTADOS UNIDOS:

Um relatório do Grande Júri da Pensilvânia, publicado na terça-feira passada, revelou abusos sexuais praticados por mais de 300 "padres predadores" e seu acobertamento pela Igreja católica neste estado americano, onde pelo menos mil meninos e meninas foram vítimas destes atos durante 70 anos.

Não é a primeira vez que um júri popular publica um informe revelando escândalos de pedofilia dentro da Igreja católica americana, mas nunca tantos casos haviam sido revelados.

Em julho, o papa Franciso aceitou a demissão do cardeal americano Theodore McCarrick, de 88 anos, já proibido de exercer seu ministério após acusações de pedofilia.

O ex-arcebispo de Boston Bernard Law, símbolo do silêncio da Igreja diante dos padres pedófilos e que morreu em 2017, havia se refugiado no Vaticano após renunciar ao cargo de arcebispo em 2002. Uma vasta investigação do jornal Boston Globe havia revelado que a hierarquia acobertava os crimes sexuais cometidos por cerca de 90 padres.

A Igreja americana recebeu entre 1950 e 2013 denúncias de cerca de 17.000 vítimas, acusando 6.400 membros do clero por crimes cometidos entre 1950 e 1980. Em 2012, especialistas evocaram no Vaticano o número de 100.000 crianças vítimas.

- CHILE:

A Igreja chilena também está no centro da tormenta: 158 pessoas - bispos, padres ou leigos ligados à igreja - são alvos de investigações por crimes sexuais contra crianças e adultos desde os anos 1960.

Por hora, 38 investigações, visando 73 pessoas por crimes contra 104 vítimas, foram abertas.

O caso obrigou a uma série de 'mea culpas' do papa Francisco, que primeiro havia defendido o bispo Juan Barros, acusado de encobrir por décadas o padre Fernando Karadima, condenado por abusos sexuais contra menores nos anos 80 e 90.

- AUSTRÁLIA:

Foi um dos escândalos mais recentes e sérios, já que envolveu o "ministro" da Economia e número três do Vaticano, o cardeal George Pell, de 76 anos, imputado por várias agressões sexuais entre 1979 e 1990.

Em 30 de julho, o papa Francisco também aceitou a renúncia do arcebispo de Adelaide, Philip Wilson, condenado por ter acobertado os crimes sexuais cometidos nos anos 1970 pelo padre Jim Fletcher.

- ALEMANHA:

Desde o início de 2010, centenas de casos de abusos sexuais de crianças e adolescentes em instituições religiosas foram revelados. Um dos casos mais divulgados foi o do colégio jesuíta Canisius em Berlim envolvendo cerca de vinte crianças.

Em 18 de julho de 2017, um relatório de investigação revelou um dos piores escândalos a atingir a Igreja alemã: ao menos 547 crianças do coral católico de Ratisbonne teriam sido vítimas de pedofilia entre 1945 e o início dos anos 1990.

- IRLANDA:

Nos anos 2000, acusações de abusos sexuais cometidos durante décadas coloca em xeque a credibilidade das instituições católicas. Mais de 14.500 crianças teriam sido vítimas. Vários bispos e padres, acusados de esconder esses atos, foram punidos.

- ÁUSTRIA:

Após uma série de revelações no início de 2010 de casos de abusos sexuais e maus tratos por sacerdotes entre as décadas de 1960 e 1980, uma comissão de inquérito foi criada pela Igreja.

Cerca de 800 casos foram identificados e 8 milhões de euros concedidos às vítimas.

- BÉLGICA:

Em 2010, o bispo de Bruges, Roger Vangheluwe, renunciou após admitir ter abusado sexualmente de dois de seus sobrinhos.

Na sequência, milhares de testemunhos relataram casos de abuso sexual por monges belgas. Acusada de permanecer em silêncio, a hierarquia católica é atualmente alvo de um vasto inquérito judicial.

- HOLANDA:

No final de 2011, um relatório revelou o caso de "dezenas de milhares de crianças" abusadas sexualmente dentro da Igreja católica holandesa entre 1945 e 2010. Cerca de 800 supostos autores foram identificados.

- POLÔNIA: Em agosto de 2013, o polonês Jozef Wesolowski, núncio na República Dominicana, foi destituído, e uma investigação foi instaurada no âmbito de outro padre polonês suspeito de crimes contra menores de idade.

- MÉXICO:

O país protagonizou um dos casos mais graves e significativos, o do fundador da influente congregação ultra-conservadora Legionários de Cristo, o padre Marcial Maciel, punido e expulso em 2006 do sacerdócio por Bento XVI por ter abusado de menores, ter tido uma vida tripla, com duas mulheres e vários filhos.

- CANADÁ:

No final dos anos 1980, as revelações de abusos de crianças em um orfanato em Newfoundland (leste) nos anos de 1950 e 1960 provocaram um enorme escândalo. A hierarquia religiosa também foi acusada de não ter denunciado os casos de pedofilia em suas fileiras.

- FRANÇA:

Em 2016, o caso do padre Bernard Preynat, suspeito de ter abusado de cerca de 70 escoteiros, manchou a imagem do cardeal Philippe Barbarin, arcebispo de Lyon, alvo de denúncias por não denunciar os crimes.


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