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Estado de Minas

Irã exibe primeiro avião de combate fabricado no país


postado em 21/08/2018 10:06

O Irã apresentou nesta terça-feira o avião de combate "Kowsar", de fabricação 100% iraniana, durante um desfile militar em Teerã e na presença do presidente Hassan Rohani.

O caça, equipado com radares polivalentes, foi aprovado com louvor nos voos de teste e, a princípio, fará um voo público na quarta-feira, informou a agência Tasnim.

Uma emissora mostrou o presidente iraniano Hassan Rohani na cabine do avião durante o dia nacional da indústria de defesa.

"Quando falo de nossa capacidade de defesa, isto significa que buscamos uma paz duradoura", afirmou Rohani em um discurso exibido na TV pública.

"Alguns pensam que quando se aumenta a força militar, você está buscando a guerra. Mas nós buscamos a paz e não queremos a guerra", completou o presidente iraniano.

"Se não tivermos meios de dissuasão, isto dará luz verde aos outros para que entrem no país", disse Rohani.

- "Menos custos" -

Rohani, presidente há cinco anos e em dificuldades depois que os Estados Unidos abandonaram o acordo nuclear e restabeleceu as sanções econômicas contra Teerã, se esforça em buscar equilíbrio entre moderação dissuasão.

"Com algumas frases, se pode começar um combate. Com algumas ações militares, se pode começar um confronto. Mas isso será oneroso", afirmou, em uma aparente alusão a seus opositores radicais, que adotam um tom cada vez mais belicista em relação aos Estados Unidos.

Rohani defende uma proteção do país de "menos custos".

No sábado passado, o ministro iraniano de Defesa, Amir Hatami, anunciou a apresentação do novo avião, com o argumento de que o Irã buscava melhorar sua capacidade balística para responder às "ameaças" de Israel e dos Estados Unidos.

"Nossos recursos são limitados, mas adaptamos nossos mísseis em função das ameaças e ações de nossos inimigos, como meio de dissuasão ou de resposta devastadora", disse o ministro iraniano da Defesa.

A apresentação coincide com um período de fortes tensões entre o Irã e os Estados Unidos.

O presidente americano Donald Trump é suspeito de querer provocar uma mudança no regime da República iraniana.

Trump retirou em maio passado seu país do acordo nuclear assinado entre as grandes potências e o Irã em 2015 e, em maio, restabeleceu unilateralmente as sanções econômicas contra Teerã.

Em novembro, está prevista uma nova onda de sanções que afetarão principalmente o setor de hidrocarbonetos para aumentar a pressão sobre o Irã.

Os analistas acreditam que as vendas de petróleo iraniano poderão diminuir até 700.000 barris diários, equivalente a um terço das vendas atuais.

O secretário de Estado americano Mike Pompeo anunciou a criação de grupo de trabalho sobre o Irã destinado a fazer respeitar as sanções econômicas.

Várias empresas internacionais começaram a abandonar o Irã, como a petroleira francesa Total.


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