O escândalo de áudios no Peru, que já provocou as demissões do presidente da Suprema Corte e do ministro da Justiça, alcançou agora o chefe do futebol local, Edwin Oviedo.
"Apenas lhe passei informação, foi tudo o que fiz", disse o presidente da Federação Peruana de Futebol sobre suas conversas telefônicas com o juiz suspenso César Hinostroza, da Suprema Corte.
No cargo desde janeiro de 2015, Oviedo nega ter favorecido o juiz com a aquisição de passagens e ingressos para a Copa do Mundo da Rússia, que marcou o retorno da seleção peruana de futebol a um Mundial após 36 anos de ausência.
"Nego ter oferecido ou entregue passagens ou ingressos para partidas, hospedagem ou qualquer outro benefício impróprio para juízes, promotores ou outras autoridades com a finalidade de receber qualquer tipo de retorno", declarou Oviedo.
O poder judiciário peruano está mergulhado desde 8 de julho em um escândalo provocado pela divulgação de áudios de juízes negociando sentenças e fazendo tráfico de influência.
A difusão dos áudios provocou a renúncia do presidente da Suprema Corte, Duberlí Rodríguez, há dez dias.
Também levou à demissão de Orlando Velásquez, chefe do Conselho da Magistratura, que designa juízes e promotores, e do ministro da Justiça, Salvador Heresi.