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Estado de Minas

Sobrevivente de naufrágio é levada em barco de ONG para a Espanha

ONG acusa Guarda Costeira líbia de salvar restante da tripulação do barco afundado e abandonar as duas mulheres e o menino encontrados boiando


postado em 18/07/2018 08:30 / atualizado em 18/07/2018 09:58

(foto: PAU BARRENA / AFP)
(foto: PAU BARRENA / AFP)

A ONG de socorristas Proactiva Open Arms anunciou, nesta quarta (18), que suas embarcações estão levando a salvo para a Espanha a sobrevivente de um naufrágio encontrada na terça-feira, junto com dois corpos na costa líbia.


De acordo com a nota divulgada pela ONG, as autoridades italianas se ofereceram para receber a mulher resgatada, uma camaronesa de 40 anos com hipotermia, sem se responsabilizar pelos corpos de mais uma mulher e de um garoto.


A Proactiva, que acusa a Guarda Costeira líbia de salvar o restante da tripulação e de abandonar as duas mulheres e o menino, teme "pela proteção da mulher sobrevivente e sua completa liberdade para testemunhar".


"Por todos esses motivos, decidimos dirigir nossos barcos para a costa espanhola", afirmou a ONG, que conta com os navios "Open Arms" e "Astral" na zona.


A Guarda Costeira líbia negou as acusações da Proactiva, enquanto o ministro italiano do Interior, o ultradireitista Matteo Salvini, denunciou "as mentiras e os insultos", assegurando que sua política de impedir a entrada de migrantes reduz as saídas de embarcações e as mortes.


Segundo a equipe médica a bordo do "Open Arms", Josepha tem hipotermia e se encontra em estado de choque. Embora seu quadro seja estável, ela precisa de tratamento médico e psicológico o quanto antes.


A ONG também se preocupa com os corpos que precisam de um translado rápido, já que o barco não dispõe de uma câmara frigorífica. Segundo os socorristas, a mulher morreu cerca de duas horas antes de sua chegada, e o menino, apenas um pouco antes.


Depois de desembarcá-los, "voltaremos para lá. A missão continua", disse uma porta-voz da Proactiva à AFP.


A ONG espanhola é, atualmente, a única organização humanitária no Mediterrâneo central, zona de muitos naufrágios de botes de migrantes líbios que tentam chegar ao sul da Itália, ou a Malta.


Os governos desses países aumentaram os obstáculos para a atividade dessas ONGs, impedindo-lhes a entrada em seus portos, ou retendo suas embarcações.


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