O presidente peruano, Martín Vizcarra, convocou nesta terça-feira (17) uma sessão "extraordinária" para sexta-feira (20) a fim de destituir todos os membros do órgão que nomeia os juízes, questionado após o escândalo de áudios de venda de sentenças e tráfico de influências.
"Decidi convocar o Congresso de maneira urgente a uma legislatura extraordinária para esta sexta-feira a fim de que se debata a remoção da totalidade dos membros do CNM (Conselho Nacional de Magistratura)", disse o presidente em mensagem televisionada ao país.
Vizcarra ressaltou que está agindo rápido para dar uma resposta às reivindicações dos cidadãos para enfrentar os atos de corrupção.
Vizcarra destacou que outra das medidas que tomou foi a formação de uma comissão, liderada pelo ex-chanceler Allan Wagner, para planejar uma reforma integral do sistema judiciário no país.
Momentos antes de sua mensagem, Vizcarra havia entregue uma carta ao presidente do Congresso, Luis Galarreta, solicitando a legislatura extraordinária em aplicação à Constituição.
O presidente baseou seu pedido "nos evidentes atos de corrupção e delitos no qual foram envolvidos servidores, funcionários e magistrados do Poder Judiciário, assim como conselheiros membros do CNM".