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Estado de Minas

Como os russos 'hackearam' e-mails do partido democrata


postado em 13/07/2018 20:12

Nos últimos meses da campanha presidencial dos Estados Unidos em 2016, foram 'hackeados' milhares de e-mails de dirigentes do partido Democrata, em um escândalo que chocou o país.

De acordo com a então candidata à presidência Hillary Clinton, o episódio foi uma das causas da vitória do conservador Donald Trump na disputa pela Casa Branca.

Nesta sexta-feira, o subprocurador-geral denunciou 12 agentes russos de inteligência por heckear os emails dos democratas.

Em um documento de 29 páginas, as autoridades judiciais dos EUA relataram como os agentes russos tiveram acesso aos e-mails.

Em 19 de março de 2016, um dos agentes russos enviou um e-mail ao então diretor da campanha de Clinton e dirigente partidário John Podesta.

A mensagem simulava um alerta de segurança do Google e Podesta acessou um documento que o levou a uma página falsa de Google, onde ele incluiu seus dados e senha.

Durante meses, os hackers estavam tentando acessar os dados secretos da campanha de Clinton e com as informações cedidas por Podesta, criaram contas de e-mail que simulavam pertencer a membros da equipe de campanha.

Um dispositivo similar capturou dados de um funcionário do Diretório Nacional Democrata, e em seguida os hackers instalaram programas de espionagem em 33 computadores que registravam literalmente tudo.

Finalmente, em maio de 2016 (após quase três meses de infiltração), o partido percebeu que era "hackeado", mas todos os programas ocultos só foram identificados em outubro do mesmo ano.

Segundo a investigação, os responsáveis pela invasão aguardaram o momento oportuno para divulgar os documentos que haviam capturado e no dia 8 de junho lançaram um site chamado DCLeaks, onde publicaram uma primeira leva de e-mails.

Por trás do site aparentemente havia um grupo identificado como Guccifer 2.0.

Entre o final de junho e o início de julho WikiLeaks entrou em contato com o Guccifer 2-0 e pediu acesso a "tudo o que tinham contra Hillary", para publicar as informações antes da Convenção Democrata que confirmaria sua candidatura, em julho.

Finalmente, três dias antes da Convenção, WikiLeaks divulgou milhares de e-mails com revelações que provocaram a renúncia imediata da então presidente do partido, Debie Wasserman.

Finalmente, no último mês antes das eleições de novembro, WikiLeaks publicou nada menos que 50 mil mensagens de Podesta.

De acordo com Hillary Clinton, sua derrota eleitoral em 2016 foi consequência deste episódio e da decisão do então chefe do FBI, James Comey, de reabrir - uma semana antes das eleições - a investigação sobre o uso que ela havia feito de um servidor privado para enviar e receber e-mails do departamento de Estado quando era a secretária.

"Estava a caminho de uma vitória até que a carta de Comey, em 28 de outubro, e o WikiLeaks russo criaram dúvidas na cabeça das pessoas que se inclinavam a meu favor e que acabaram ficando com medo", declarou Clinton em 2017.


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