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Estado de Minas

Trump diz ter evitado catástrofe nuclear ao ser reunir com Kim Jong Un


postado em 13/06/2018 20:00

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou nesta quarta-feira que seu acordo com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un evitou uma catástrofe nuclear e que essa ameaça de Pyongyang não existe mais.

Apesar da falta de detalhes sobre compromissos pontuais no documento assinado com Kim, Trump comemorou, afirmou no Twitter, na volta de sua histórica cúpula com Kim Jong Un em Singapura, que nesta terça "o mundo evitou uma potencial catástrofe nuclear"

"Sem há mais lançamentos de foguetes, testes nucleares ou pesquisas", completou, sem confirmar se havia ou não aceitado o convite de viajar à Coreia do Norte feito por seu interlocutor.

O encontro de quarta, o primeiro entre um dirigente norte-coreano e um presidente americano em exercício, teve grande impacto midiático, mas seus resultados concretos, em particular sobre a desnuclearização de Pyongyang, geram muitos questionamentos.

Na declaração assinada por Kim e Trump, Pyongyang se compromete com uma "desnuclearização completa da península coreana".

Fazendo frente a essas dúvidas relativas ao acordo assinado pelos dois dirigentes, o secretário de Estado americano Mike Pompeo afirmou que Estados Unidos esperam que a maior parte do desarmamento nuclear norte-coreano tenha terminado até o final da presidência Trump, em 2020.

"'Completo' significa verificável para todos os que estão envolvidos", afirmou Pompeo, em alusão ao comunicado final da cúpula.

- "Durmam bem" -

Em sua série de tuítes na volta a Washington, Trump celebrou a "experiência interessante e muito positiva" de seu encontro com Kim. "Já não há uma ameaça nuclear por parte da Coreia do Norte", indicou.

"Antes de assumir o cargo, presumíamos que iríamos entrar em guerra com a Coreia do Norte. O presidente (Barack) Obama dizia que a Coreia do Norte era nosso maior e mais perigoso problema. Já não é o caso, durmam bem esta noite", acrescentou.

"É tão bom ver as 'fake news', especialmente na NBC e CNN. Eles lutam para minimizar o acordo com a Coreia do Norte. Há 500 dias, teriam suplicado por este acordo. O maior inimigo de nosso país são as 'fake news' tão propaladas pelos idiotas".

Em Seul, o secretário de Estado respondeu ao ceticismo de especialistas e de políticos afirmando que os Estados Unidos preveem um desarmamento futuro.

"Esperamos conseguir isso nos próximos dois anos e meio", disse Mike Pompeo, para quem "há muito trabalho pela frente".

A agência norte-coreana KCNA afirmou que a desnuclearização da península coreana dependerá de Washington e Pyongyang deixarem "de se opor para se entender".

- Satisfação para Kim -

Pyongyang também tem motivos para se sentir confiante depois da cúpula, que garantiu certa legibilidade internacional a um país isolado e alvo de duras sanções por causa de seu programa nuclear.

"Kim Jong Un conseguiu o que queria em Singapura: o prestígio internacional", indicou o analista Paul Haenle, diretor do centro Carnegie-Tsinghua.

A agência oficial norte-coreana KCNA afirmou que "Kim Jong Un convidou Trump a visitar Pyongyang no momento oportuno e Trump convidou Kim Jong Un a visitar os Estados Unidos".

A agência indicou ainda que o presidente dos Estados Unidos fizeram referência a uma "suspensão das sanções" contra o regime de Pyongyang.

O jornal oficial norte-coreano Rodong Sinmun publicou na primeira página as fotos do histórico aperto de mãos entre Trump e Kim.

"O encontro do século abre uma nova era na história das relações entre os dois países", afirma a manchete.

"A travessia acidentada para a desnuclearização da península coreana e uma paz permanente apenas começaram", afirma com prudência o jornal sul-coreano Hankook.

A agência KCNA, por sua vez, afirmou que a desnuclearização da península coreana dependerá de que Estados Unidos e Coreia do Norte "se abstenham de opor-se para poder chegar a um entendimento mútuo".

Além do mais, em uma entrevista coletiva posterior a sua reunião com Kim, Trump anunciou que Washington encerrará os exercícios militares com Seul, uma antiga exigência do regime norte-coreano, que sempre considerou estas manobras um treinamento para uma possível invasão de seu território.

O governo dos Estados Unidos mantém 30.000 soldados mobilizados de maneira permanente na Coreia do Sul para proteger seu aliado ante a ameaça do Norte, que a invadiu em 1950 e provocou a guerra da Guerra da Coreia, que terminou em 1953 com um armistício e não um tratado de paz.


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