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Estado de Minas

Merkel está aberta a reforma migratória da UE mas é cautelosa sobre eurozona


postado em 10/06/2018 21:48

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse neste domingo que é mais propensa aos planos expostos pelo presidente francês para reformar a política migratória e de defesa na Europa que a suas expectativas de dotar a zona euro de um importante orçamento para investimentos.

"Não estou dizendo que nenhuma das coisas que ele quer vão acontecer", disse Merkel em uma entrevista à rede pública ARD.

Mas o presidente francês, Emmanuel Macron, tem planos para os 19 países do euro "que ele sabe que não são os adequados, do meu ponto de vista", indicou.

Os ministros alemães e franceses têm previsto se reunir este mês para encontrar pontos de entendimento sobre a reforma da UE, antes da cúpula de todos os líderes da UE em 28 e 29 de junho.

Segundo uma fonte do governo francês, Paris e Berlim seguem "determinados a alcançar rapidamente um compromisso sobre a reforma da zona euro".

Para Merkel a expectativa de Macron de criar um orçamento de investimentos conjunto de "um ou dois por cento do PIB" na área da moeda única é ambiciosa demais.

Muitos alemães temem terminar presos em dívidas de outros países-membros, e a chanceler sugeriu na semana passada que um orçamento de investimento "limitado" a algumas dezenas de bilhões de euros seria suficiente.

No entanto, Merkel rejeitou as acusações de que a Alemanha não conseguiu propor uma visão própria ante as ambiciosas propostas feitas pela França.

Merkel advertiu que a falta de uma capacidade das nações europeias para falar e agir como uma só voz é um "perigo", citando como exemplo a política migratória.

"Não temos uma abordagem coletiva na questão de como manejar a imigração", que é vital para manter a liberdade de movimento dentro das fronteiras europeias.

A chanceler alemã defendeu a criação de uma autoridade em escala europeia que se encarregue dos solicitantes de asilo e o estabelecimento de uma normativa coletiva para outorgar o recusar solicitações de proteção de pessoas.

"Precisamos de uma verdadeira polícia de fronteiras europeia que possa agir se for necessário, embora os Estados com fronteiras externas não gostem disso", afirmou.

As diferenças sobre como compartilhar a enorme quantidade de solicitantes de asilo provocou atritos, e países na porta do Mediterrâneo como Itália e Grécia se queixam de que estão sobrecarregados, e os Estados do Leste da Europa se negam a qualquer reforma para distribuir os migrantes entre os membros do bloco.

"Vou colocar toda a minha força nisso, porque do contrário a Europa está ameaçada", disse.


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