A Justiça do Equador ratificou nesta sexta-feira (8) a condenação a seis anos de prisão contra el ex-vice-presidente Jorge Glas por receber subornos por 13,5 milhões de dólares da empresa construtora Odebrecht.
Um tribunal da suprema Corte Nacional de Justiça (CNJ) rejeitou um recurso apresentado por Glas à condenação feita em 13 de dezembro do ano passado pelo delito de associação ilícita dentro do caso Odebrecht.
"O Tribunal da @CorteNacional nega recurso de apelação e confirma sentença ditada no caso Jorge G. e outros por delito de associação ilícita", informou a CNJ em sua conta no Twitter.
O advogado de Glas, Eduardo Franco, confirmou a resolução na mesma rede social.
"O Tribunal de Apelação continuou com a injustiça contra @JorgeGlas. Ratificaram arbitrária sentença! A luta continua e hoje com mais força! Um inocente não deve estar preso!", disse o advogado.
Embora a justiça tenha condenado o ex-vice-presidente na segunda instância, a pena ainda não pode ser executada porque Glas ainda pode recorrer a outras instâncias para tentar anular a sentença.
"Vamos às cortes internacionais", disse Glas à imprensa após a decisão judicial.
Pouco antes da audiência para resolver a apelação, Glas reafirmou que é um "perseguido político" e que está detido "sem prova alguma" e que sua condenação é ilegal.
Aos 48 anos, Glas foi julgado por receber subornos da Odebrecht por 13,5 milhões de dólares através de um tio, que enfrenta a mesma sentença.
Na prisão desde outubro, Glas perdeu em janeiro o cargo de vice-presidente do Equador - que ocupava desde 2013 - diante da "falta definitiva" (por mais de três meses) no exercício do posto, segundo a Constituição.
Glas foi reeleito em 2017 na chapa do presidente Lenín Moreno.