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Estado de Minas

Preço do cobre cresce diante temores de nova greve em Escondida


postado em 05/06/2018 19:42

O preço do cobre - cujo maior produtor mundial é o Chile - chegou ao seu nível mais alto em seis semanas diante do temor de uma nova greve na mina Escondida, que no ano passado ficou parada durante 44 dias.

No fechamento da Bolsa de Metais de Londres nesta terça-feira (5), ele chegou a 7.084,50 dólares por tonelada, seu nível mais alto em um mês e meio, devido aos temores sobre uma nova paralisação na jazida que produz cerca de 5% do cobre mundial.

"As relações entre o operador da mina e os sindicatos estão ruins desde a última greve, e é impossível prever o resultado das negociações", disseram analistas da Commerzbank em nota.

Na sexta-feira, o sindicato da Escondida iniciou o processo de negociação de um novo contrato coletivo, com a entrega à empresa de uma petição que inclui um aumento salarial de 5% e um bônus de fim de conflito de 4% dos dividendos recebidos pelos acionistas no ano passado (cerca de 34 mil dólares por trabalhador).

A empresa tem um prazo de dez dias para responder. A partir dessa data, o processo de negociação começará formalmente, com uma data-limite em 31 de julho, quando o contrato coletivo expira.

"Se chegar à greve definitiva será porque a empresa não quer mudar a sua atitude para com os trabalhadores e não quer lhes dar reconhecimento", disse à AFP Carlos Allendes, porta-voz do Sindicato 1 da Escondida.

Ele ainda acrescentou que "será uma decisão que tomaremos muito mais tarde (...). Estamos otimistas de que isso será resolvido antes" de 31 de julho, acrescentou Allendes.

Já a empresa respondeu laconicamente por meio de um comunicado que "a proposta está sendo avaliada pela Comissão Negociadora, que tem um prazo legal de dez dias corridos para formular sua resposta."

- Maior greve da história do Chile -

Controlada pela anglo-australiana BHP, a Escondida é uma das mineradoras mais lucrativas do mundo. Seus lucros no ano passado foram 1,192 bilhão, um aumento de 20% em relação ao ano anterior, apesar da greve prolongada que paralisou todas as atividades da mina.

Em abril, uma tentativa de negociação antecipada não conseguiu evitar a repetição da greve do ano passado, a mais longa da história da mineração chilena.

Os prejuízos com a paralisação chegaram a 740 milhões para a empresa e colocaram em xeque a expansão da economia chilena, já que o país é o maior produtor mundial de cobre, com quase um terço da oferta mundial.

Como resultado da paralisação, a produção de cobre da Escondida foi reduzida em 16% para 1.300 toneladas, deixando de produzir 214 toneladas do metal vermelho.

No ano passado, o sindicato exigiu um bônus de fim do conflito de quase 39 mil e a manutenção das mesmas condições do acordo coletivo que tinha expirado e que, por fim, decidiram manter por mais 18 meses, conforme previsto por lei.


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