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Estado de Minas

Zé Dirceu volta à prisão


postado em 18/05/2018 19:12

O principal ministro do primeiro governo de esquerda do Brasil, José Dirceu, voltou nesta sexta-feira para a prisão, somando-se a outras figuras históricas do Partido dos Trabalhadores (PT), entre elas o próprio ex-presidente Lula.

Dirceu, 72 anos, se entregou às autoridades em Brasília, após um tribunal de apelações rejeitar, na quinta-feira, seus últimos recursos. Ele está em uma cela coletiva na prisão da Papuda, na ala reservada a "ex-policiais, idosos, políticos e detentos com curso superior, informou a Secretaria de Segurança Pública.

Chefe de gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2005 e um dos fundadores do PT, Dirceu foi condenado a mais de 30 anos de prisão por corrupção com base na operação "Lava Jato".

Pelo mesmo caso já esteve preso em Curitiba entre 2015 e 2017, até o Supremo decidir que poderia recorrer em liberdade vigiada em Brasília, onde reside.

- Biografia cinematográfica -

Dono de uma biografia cinematográfica, que inclui um exílio em Cuba, onde recebeu treinamento militar e foi submetido a cirurgia plástica para agir na clandestinidade em seu regresso ao Brasil, Dirceu foi o grande operador político do PT em seu caminho ao poder.

Também foi um dos personagens-chave do escândalo do "Mensalão", um esquema de subornos de políticos em troca de apoio político, que o derrubou do governo em 2005, e também do "Petrolão", que drenou bilhões de dólares da Petrobras para partidos políticos e contas pessoais.

Antes de explodir o "Mensalão", Dirceu detinha um enorme poder ao lado de Lula e chegou, inclusive, a ser mencionado como seu sucessor.

Era "muito poderoso". "A figura do chefe da Casa Civil no Brasil é central, é o cérebro, o que filtra tudo. Tudo passa por ele", explicou à AFP o analista político André Cesar, da consultoria Hold.

Dirceu tinha um "perfil forte, era muito bom neste cargo" e, inclusive, mesmo após sua condenação manteve uma forte influência dentro do partido.

Em entrevista concedida na segunda-feira passada ao site Brasil de Fato, Dirceu lamentou que a esquerda não tenha conseguido capitalizar politicamente a popularidade de Lula e de seus programas de distribuição de renda, como o Fome Zero.

Em entrevista concedida na segunda-feira passada ao site Brasil de Fato, Dirceu avaliou que "o problema é que nós fizemos pouca politização e pouca disputa política a partir dos programas que tínhamos. Essa é uma realidade. (...) Também subestimamos a direita e as forças contrárias a nós. Em parte, porque grande parte dos quadros foram para o governo".


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