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Estado de Minas

Barril de petróleo Brent supera 80 dólares pela primeira vez desde 2014


postado em 17/05/2018 12:42

O barril de petróleo do tipo Brent do Mar do Norte superou a barreira de 80 dólares, nesta quinta-feira (17), uma cotação que não era registrada desde novembro de 2014, em um mercado tenso pela incerteza a respeito da produção do Irã e da Venezuela.

O preço do barril alcançou 80,18 dólares às 9h50 GMT (6h50 de Brasília), uma alta de 90 centavos na comparação com o fechamento de quarta-feira, antes de voltar a ser negociado abaixo de US$ 80.

Já o barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em junho era negociado a 71,90 dólares, uma alta de 41 centavos na comparação com a véspera.

O CEO da petroleira francesa Total, Patrick Pouyanné, disse que não ficaria surpreso de ver um barril a 100 dólares "nos próximos meses", enquanto a presença de seu grupo no Irã se torna cada vez mais incerta.

"Existe uma forte demanda, a Opep e a Rússia aplicam suas políticas efeticamente ainda há o anúncio do Irã, que empurram o preço para cima. Não me surpreenderá ver o barril de petróleo acima dos 100 dólares nos próximos meses", afirmou.

Para Jasper Lawler, analista do London Capital Group, a progressão é "impressionante".

- Eleição na Venezuela -

Há várias semanas, as bolsas têm subido estimuladas pelas incertezas quanto à produção iraniana e venezuelana, enquanto os Estados Unidos decidiram deixar o acordo nuclear iraniano e restabelecer as sanções contra Teerã.

"A queda contínua da produção de petróleo na Venezuela está simultaneamente puxando para baixo a produção da Opep", a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, destacaram analistas do Commerzbank.

A indústria venezuelana sofre com a crise econômica e política em seu país. E as eleições presidenciais deste domingo, nas quais o presidente Nicolás Maduro é o favorito, não deixa o mercado seguro.

"No caso de os Estados Unidos proibirem totalmente as importações de petróleo venezuelano, isso resultaria, para o mercado, em um desaparecimento de mais de 400 mil barris", disse Tamas Varga, analista da PVM.

O cartel da Opep está comprometido, desde o fim de 2016 até o fim de 2018, com um acordo de redução da produção, junto a outros dez produtores, inclusive Rússia. Uma reunião em junho vai decidir sobre um eventual prolongamento.

- Incerteza no Irã -

A incerteza sobre a produção iraniana também contribui para a alta dos preços. A francesa Total disse que não concluirá um grande projeto de gás iniciado em julho de 2017, a menos que tenha obtenha uma isenção dos Estados Unidos.

"É um revés para a União Europeia, que deseja manter o acordo" com os demais signatários, opinou Lawler.

A chinesa CNPC poderia substituir a gigante francesa, indicou o ministro iraniano de Petróleo.

É difícil, portanto, prever o futuro da produção iraniana, sobretudo quando a Arábia Saudita - maior exportadora mundial de petróleo e grande rival do Irã - recentemente declarou que tomaria todas as medidas necessárias para evitar a escassez.

A alta dos preços ainda é estimulada pelo anúncio de uma queda das reservas americanas de petróleo e uma redução grande dos estoques de gasolina.


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