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Estado de Minas

Mais de mil evacuados por emergência em hidrelétrica na Colômbia


postado em 16/05/2018 21:42

Ao menos 1.200 camponeses foram evacuados no noroeste da Colômbia diante da situação de emergência provocada pela cheia do rio que alimenta o maior projeto hidrelétrico do país, de acordo com um novo boletim fornecido nesta quarta-feira (16) pelas autoridades.

No domingo, 600 moradores de Puerto Valdivia, no departamento de Antioquia, já haviam desocupado suas casas como resultado do aumento do fluxo do rio Cauca.

Mas diante do risco de uma nova emergência, o sistema de prevenção de desastres declarou alerta máximo nos municípios de Tarazá, Cáceres e Nechí, localizados "águas abaixo" da represa de Hidroituango.

No total, cerca de 170.000 pessoas vivem em 12 municípios que abarcam a área de influência da construção.

"O chamado aos moradores desses municípios é para atender a todas as solicitações das autoridades em relação à evacuação", afirmou Juliana Palacios, porta-voz da entidade.

O fluxo do rio começou a subir perigosamente após uma falha geológica que obstruiu os túneis de Hidroituango, a maior obra de construção na Colômbia.

A Empresa Pública de Medellín (EPM), maior sócio do projeto, trabalha em marcha forçada para elevar as paredes da represa e canalizar a fúria das águas.

"Nosso principal interesse é aumentar a barragem sete metros além do nível atual", explicou Jorge Londoño, gerente da EPM, em entrevista coletiva.

As autoridades insistiram que a evacuação é de caráter "preventivo" diante do pior cenário possível, descartando o colapso da obra por enquanto.

A forte temporada de chuvas também aumentou o risco de um desastre maior.

Os organismos de socorro recomendaram às autoridades dos departamentos de Sucre, Córdoba e Bolívar (norte), por onde também corre o rio Cauca, para permanecer em alerta.

A Hidroituango, que deve cobrir 17% da demanda de energia da Colômbia, conta com um investimento de mais de três bilhões de dólares e terá uma capacidade de 2.400 megawatts. Sua implementação está prevista para este ano.

Grupos ambientalistas denunciaram que a construção gerou "despejos forçados" e a falta de compensação justa pelas terras e planos de realocação.

Além da rejeição dos moradores, um grupo de 25 eurodeputados pediu recentemente que freiem a construção da central hidrelétrica para recuperar os corpos das vítimas do conflito armado antes de encher o reservatório.


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