O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, disse nesta terça-feira (15) que respalda as opções eleitorais dos iraquianos, apesar da vitória surpreendente do xiita populista Moqtada Sadr, que lutou contra as tropas americanas durante a guerra de Iraque.
Sadr questionado a presença das forças americanas no Iraque, onde mais de 5.000 efetivos militares estão destacados indefinidamente para evitar o ressurgimento do grupo Estado Islâmico (EI).
"O povo iraquiano fez uma eleição. É um processo democrático em um momento em que muita gente duvidava que o Iraque pudesse se encarregar de si mesmo", disse Mattis aos jornalistas no Pentágono.
"Esperaremos e veremos os resultados, os resultados finais das eleições. E apoiamos as decisões do povo iraquiano", acrescentou.
Após a invasão liderada por Washington em 2003, a milícia do Exército Mahdi de Sadr lutou contra as forças americanas, e agora está pedindo que as tropas americanas deixem o país após a derrota do EI no ano passado.
Mattis, um general de quatro estrelas na reserva da Marinha, serviu no Iraque depois dirigiu o Comando Central dos Estados Unidos, que lidera as operações militares no Oriente Médio e no Afeganistão.
Como comandante da Infantaria da Marinha, viu as tropas americanas assassinadas pelo Exército Mahdi, principalmente no distrito pobre de Bagdá, Cidade Sadr, e na cidade sagrada de Najaf, mais ao sul.
Ainda não está claro quem será o próximo primeiro-ministro do Iraque, con Sadr de olho em uma coalizão governante. O candidato preferido de Washington, o primeiro-ministro Haider al-Abadi, ficou em terceiro lugar.
Sadr descartou assumir o cargo de primeiro-ministro e manifestou sua preferência pela formação de uma coalizão de governo.
Embora sua família de eruditos religiosos tenha estreitos vínculos com os revolucionários islâmicos no Irã, Sadr se rebelou contra Teerã e deseja que sua influência diminua drasticamente.
O Pentágono disse que é muito cedo para saber o que esses resultados eleitorais podem significar para a permanência das forças militares americanas.
"Não apoiamos nenhum candidato ou partido em particular, e sim um processo justo e transparente", disse o porta-voz do Departamento de Defesa Eric Pahon.
"Estamos prontos para trabalhar com que qualquer um que tenha sido justamente eleito pelo povo iraquiano", acrescentou.