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Estado de Minas

Embaixada americana em Jerusalém não é a primeira, nem a última


postado em 14/05/2018 10:24

Os Estados Unidos abrem nesta segunda-feira (14) sua embaixada em Jerusalém sob os olhares do mundo, mas não será a primeira, nem provavelmente a última vez que uma embaixada será instalada na cidade santa, que já abrigou delegações de alguns países latino-americanos e africanos.

A transferência anunciada pelo presidente Donald Trump para incômodo da comunidade internacional e os palestinos não desencadeou a esperada onda de instalações, como Israel havia anunciado.

No passado, vários países, especialmente africanos e latino-americanos, instalaram suas embaixadas em Jerusalém e alguns pensam em voltar.

Em 1980, Israel votou uma lei que declarou Jerusalém sua capital "unida e indivisível", inclusive os bairros palestinos da parte oriental, conquistada pelo Estado hebreu em 1967, onde os palestinos esperam instalar a capital que pretendem ter um dia.

As Nações Unidas declararam esta decisão ilegal e pediram a retirada dos Estados sem missões diplomáticas em Jerusalém.

Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, Equador, Guatemala, Haiti, Panamá, El Salvador, Uruguai, Venezuela e Holanda aceitaram e partiram. A Costa Rica e Salvador voltaram a Jerusalém em 1984, mas saíram novamente em 2006.

Após a decisão do presidente Trump em 6 de dezembro passado, alguns países expressaram a intenção de transferir a Jerusalém suas representações e Israel tenta convencer outros de seguir este exemplo.

O presidente guatemalteco, Jimmy Morales, declarou que seu país vai inaugurar sua embaixada em Jerusalém no dia 16 de maio, e o ministério paraguaio de Relações Exteriores anunciou que fará o mesmo antes do fim do mês.

Depois da guerra de outubro de 1973, Costa do Marfim, o antigo Zaire (atual República Democrática do Congo) e o Quênia cortaram laços diplomáticos com Israel e fecharam suas embaixadas em Jerusalém. Quando as relações foram restabelecidas, estas delegações diplomáticas se instalaram em Tel Aviv.

O governo romeno, apoiado pelo presidente do Parlamento, aprovou uma proposta de transferência de sua embaixada a Jerusalém.

Mas o representante romeno, Klaus Iohannis, se opôs a esta decisão por não haver paz entre Israel e os palestinos, e pediu a renúncia da primeira-ministra, Viorica Dancila.

Em visita a Jerusalém em abril, Dancila declarou que até agora não tinha "o apoio de todos os partidos como teríamos querido" para transferir a embaixada.

A Romênia seria, assim, o primeiro país da União Europeia a imitar os Estados Unidos, rompendo com a posição europeia, que de acordo com as resoluções da ONU, considera que o estatuto final de Jerusalém deve ser negociado entre israelenses e palestinos.

O presidente checo, Milos Zeman, se expressou a favor da transferência da embaixada do seu país a Jerusalém, mas por enquanto seu governo só anunciou a reabertura de um consulado honorário e a instalação de um centro cultural checo na cidade.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, assegurou ao presidente palestino, Mahmud Abbas, em recente visita oficial, que seu país deixa sua embaixada em Tel-Aviv, segundo veículos palestinos.


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