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Estado de Minas

ELN cessará 'atividades militares' durante eleições na Colômbia


postado em 14/05/2018 08:48

A guerrilha colombiana ELN, anunciou nesta segunda-feira (14) que cessará as atividades militares por cinco dias, incluindo o fim de semana de 27 de maio, quando acontecerão as eleições presidenciais na Colômbia, para facilitar a participação da população.

O Exército de Libertação Nacional (ELN), que tem 1.500 combatentes, retomou na semana passada os diálogos de paz com o governo, reuniões que acontecem em Havana.

"O ELN cessará as atividades militares da zero hora de 25 de maio às 24 horas de 29 para aportar condições favoráveis que permitam à sociedade colombiana se expressar nas eleições", anunciou o grupo.

A informação foi divulgada em um editorial com o título "Uns cessam o fogo, e outros, não", publicado na revista do grupo, Insurrección, e também divulgado na conta do ELN no Twitter.

No texto, a guerrilha diz "esperar que este espírito de conciliação do ELN seja respondido com uma conduta similar" por parte do governo.

A Colômbia escolherá o sucessor do presidente Juan Manuel Santos em 27 de maio. Se nenhum candidato conquistar mais de 50% dos votos, o país organizará o segundo turno em junho.

Santos já admitiu que não será possível alcançar um acordo final de paz antes de concluir seu mandato, em agosto.

E os esforços do presidente para manter as conversas em busca do que chamou de "paz completa" na Colômbia podem ser prejudicados se a direita, contrária às negociações, vencer a eleição presidencial de 27 de maio.

O senador Iván Duque, do partido de direita Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, ferrenho opositor de Santos, lidera as pesquisas.

Para o ELN, "os candidatos à presidência da direita utilizam um discurso de ódio para perpetuar o exercício da violência como mecanismo de luta política".

No reinício das negociações em 10 de maio, o principal representante do ELN, Pablo Beltrán, expressou a preocupação com as "dificuldades e violações" que enfrenta a aplicação do acordo de paz que desarmou e transformou a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em partido.

Ele disse que "de um ano para o outro cresceu em 20% o assassinato de líderes sociais e opositores" e que, apesar das reclamações, "está-se configurando um genocídio da oposição que atua na legalidade".

"Compreenderão nossa preocupação, porque se nós somos convidados a deixar as armas e a fazer a luta política na legalidade, mas nos está esperando este cenário, devem entender que não são muitas as certezas que nos esperam", completou.

O quinto ciclo de diálogo de paz em Havana tem como objetivos conseguir uma trégua e alcançar um mecanismo para que a população consiga participar do processo de paz, uma demanda constante do grupo rebelde.

As duas partes se mostraram dispostas a obter um cessar-fogo maior do que o alcançado em outubro de 2017 e que durou 101 dias, até janeiro de 2018, em meio a críticas de violações. Ao final daquela trégua, o governo colombiano denunciou uma ofensiva imediata do ELN.


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