(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Justiça condena à prisão perpétua inventor dinamarquês que matou jornalista sueca

Peter Madsen havia construído um submarino artesanal e levou Kim Wall para uma reportagem na embarcação, onde ela acabou morta, com o corpo cortado em pedaços


postado em 25/04/2018 08:54 / atualizado em 25/04/2018 09:56

 Liselotte Sabroe / Scanpix Denmark / AFP(foto: Buscas intensas foram feitas na época do desaparecimento pelo corpo mutilado da jornalista)
Liselotte Sabroe / Scanpix Denmark / AFP (foto: Buscas intensas foram feitas na época do desaparecimento pelo corpo mutilado da jornalista)

O inventor Peter Madsen foi condenado nesta quarta-feira à prisão perpétua pelo assassinato, precedido de abusos sexuais, de uma jovem jornalista sueca, Kim Wall, em seu submarino particular em agosto de 2017, perto de Copenhague.


O réu, de 47 anos, foi considerado culpado pelo júri do tribunal de Copenhague pelo assassinato com premeditação de Kim Wall, de 30 anos, e por tê-la agredido sexualmente e esquartejado seu corpo antes de jogá-lo ao mar.


O caso ganhou as manchetes e é único na história judicial dinamarquesa devido às circunstância, um crime realizado em um submarino, e pela personalidade de seus protagonistas: um inventor renomado, criador de foguetes e submergíveis, e uma jovem jornalista que pretendia entrevistá-lo.


Em outubro, Peter Madsen confessou que esquartejou e lançou ao mar o corpo da vítima, mas negou tê-la matado intencionalmente.


Até então, Madsen, de 46 anos, negava ter mutilado o cadáver e assegurava que a jornalista havia morrido acidentalmente, depois que uma escotilha de 70 quilos teria caído sobre a sua cabeça.


A necropsia não permitiu determinar as causas da morte de Kim Wall. As partes do corpo da vítima foram encontradas em diferentes lugares da Baía de Køge, que separa a Dinamarca da Suécia.

AFP/TT NEWS AGENCY / AFP(foto: Inventor dinamarquês do submarino artesanal levou a jornalista para um viagem sem volta)
AFP/TT NEWS AGENCY / AFP (foto: Inventor dinamarquês do submarino artesanal levou a jornalista para um viagem sem volta)

"O homicídio pode ter acontecido por degolamento ou estrangulamento", afirmou a Procuradoria.


O procurador Kakob Buch-Jepsen pediu que a imprensa seja cuidadosa ao publicar as informações mais sensíveis "deste caso de rara violência, com consequências trágicas para Kim Wall e seus parentes".


Em 10 de agosto, Madsen embarcou com Wall no "UC3 Nautilus", submarino que ele mesmo projetou e construiu.


A jornalista queria fazer o perfil deste engenheiro autodidata obcecado pela conquista do mar e do espaço.


Madsen foi socorrido no dia 11 de agosto pela manhã, antes do naufrágio de sua embarcação, que admitiu ter afundado intencionalmente.


No dia seguinte, as autoridades emergiram o "Nautilus", que foi rebocado até Copenhague para fazer investigações em seu interior.


Depois de uma intensa busca no mar, o tronco decapitado e esquartejado de Kim Wall foi encontrado em 21 de agosto por um ciclista na Baía de Køge.


No início de outubro, a Polícia anunciou ter encontrado a cabeça e as pernas da jornalista nas mesmas águas.


A acusação sustenta que Madsen matou Kim Wall com o objetivo de satisfazer uma fantasia sexual, para depois mutilar seu corpo.


No disco rígido do computador de seu laboratório foram encontrados filmes "fetichistas" em que mulheres são torturadas, decapitadas e queimadas.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)