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Estado de Minas

Presidente do Parlamento catalão apoia candidatura de Puigdemont


postado em 18/04/2018 18:42

O presidente do Parlamento da Catalunha, Roger Torrent, afirmou nesta quarta-feira (18) à AFP que o separatista catalão Carles Puigdemont, que espera na Alemanha uma eventual extradição, continua sendo o "presidente legítimo" e, por isso, é "normal que se apresente como candidato à Presidência" do Executivo catalão.

Detido pela polícia alemã a pedido da Espanha, Carles Puigdemont foi liberado em 6 de abril depois que a Justiça alemã não o deteve pela acusação de "rebelião", mas continua sendo ameaçado por uma eventual extradição por outra acusação.

"O senhor Puigdemont é o presidente legítimo da Catalunha, por isso é normal que se apresente como candidato à Presidência da Generalitat porque, insisto, é o presidente que os cidadãos votaram", declarou Roger Torrent em uma entrevista à AFP, em Genebra, onde se reuniu com representantes da ONU.

Roger Torrent acusou o Estado espanhol de impedir que o Parlamento catalão eleja um novo presidente para o Executivo, enquanto os três candidatos apresentados até agora estão desqualificados pela Justiça, detidos, ou vivendo no exterior.

"Quem impede que as posses sejam efetivas é o governo espanhol e são as instituições do Estado, particularmente neste caso, os tribunais", declarou Torrent à imprensa nesta quarta.

Entretanto, o governo espanhol, comandado pelo conservador Mariano Rajoy, acusa os separatistas de não terem apresentado um candidato "viável", livre de causas abertas com a Justiça.

Além disso, Torrent destacou que não corresponde a ele propor candidatos, mas à "maioria parlamentar", lembrando que "nesse momento o candidato à posse é Jordi Sánchez", que está preso.

Na semana passada, o Tribunal Supremo espanhol manteve na prisão Sánchez, ex-presidente da influente associação separatista Assembleia Nacional Catalã (ANC). Torrent havia pedido à Justiça que o deixasse sair da prisão para comparecer ao debate e poder ser empossado.

Se não designar um presidente antes de 22 de maio, serão convocadas novas eleições regionais, provavelmente para julho.

Na visão de Torrent, que pede "um diálogo sem restrições (...), sem limitações" com Madri, "não há nenhuma intenção de esgotar os prazos e ir para eleições", assinalou. "O cenário de eleições (...), do meu ponto de vista, não é, em absoluto, desejável na Catalunha".

Nesta quarta-feira, Torrent se reuniu em Genebra com uma representante de alto de escalão do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, e na quinta-feira deve se encontrar com o prefeito de Genebra.


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