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Estado de Minas

Presença militar russa e seu arsenal na Síria


postado em 11/04/2018 13:06

A Rússia garante ter reduzido significativamente sua presença militar e suas operações na Síria desde novembro de 2017, mas conserva várias unidades, sobretudo, nas bases de Tartus e de Hmeimim.

Saiba mais sobre a presença russa na Síria no quadro abaixo:

- Antigos vínculos -

A Síria já era uma aliada privilegiada na época soviética, mediante um "tratado de amizade e de cooperação" de 1980.

Passado um período de afastamento após a queda da URSS, os presidentes Vladimir Putin e Bashar al-Assad se aproximaram nos anos 2000. Depois da revolta popular na Síria em 2011, Moscou apoiou o governo de Damasco e, em janeiro de 2012, enviou navios de guerra para a base russa de Tartus.

Em 30 de setembro de 2015, a Rússia lançou uma campanha de bombardeios aéreos na Síria de apoio a Damasco, os quais começaram a mudar o rumo da guerra.

- Quantos militares? -

O número oficial mais recente é o do pessoal militar que votou, na Síria, na eleição presidencial de 18 de março (2.954). Todos votaram em Putin.

A maioria se encontra estacionada na base aérea de Hmeimim (noroeste da Síria).

Parte dos soldados russos na Síria é formada por "conselheiros" militares, que ajudam o Exército sírio e tiveram um importante papel nas últimas vitórias do regime. A eles, soma-se a Polícia Militar, constituída majoritariamente por batalhões das repúblicas muçulmanas do Cáucaso russo.

O especialista militar Pavel Felguenhauer estimava que, em 2017, "até mil (homens) de forças especiais" russas combatiam junto às tropas do regime.

Em dezembro passado, Putin revelou que, no total, 48.000 militares russos haviam participado da intervenção na Síria, desde seu lançamento em 30 de setembro de 2015. Oficialmente, mais de 80 militares russos morreram nesse país desde então.

- Caça-bombardeiros -

A Aviação é o braço armado da intervenção militar russa, que inclui helicópteros de combate.

A Rússia também recorreu a caças estratégicos Tu-22 e Tu-160 para lançar bombardeios contra alvos na Síria. Mísseis de cruzeiro com alcance de 4.500 quilômetros foram usados.

- Navios e baterias antiaéreas -

Para garantir a defesa de sua base de Hmeimim, a Rússia instalou, em novembro de 2015, suas modernas baterias de defesa antiaérea S-400, uma de suas joias militares. Somam-se a isso meios móveis de defesa antiaérea Pantsir e Tor M1.

Em Tartus, onde o Exército russo dispõe de instalações portuárias há várias décadas, também foram instaladas baterias de defesa antiaérea S-300.

Embora nem os rebeldes, nem os extremistas contem com uma Aviação, Moscou tem permissão para, em caso de necessidade, impor uma "zona de exclusão aérea" nos céus sírios.

Os navios russos no Mediterrâneo já fizeram vários bombardeios. Após várias missões frente à costa síria, o "Almirante Kuznetsov", único porta-aviões da Marinha russa, está sendo modernizado no Ártico russo.

- Uma longa presença -

Apesar de duas retiradas de uma parte "significativa" do contingente russo da Síria, anunciadas em março de 2016 e em novembro de 2017, a Rússia conserva um grande leque de possibilidades para agir.

A base militar de Hmeimim se tornou uma base aérea permanente do Exército russo em janeiro de 2017, após um acordo entre Damasco e Moscou, passando para jurisdição russa.

O mesmo acontece em Tartus: o que foi uma instalação portuária destinada à Marinha russa se transformou em uma "base naval russa permanente".

Às forças oficiais russas, acrescenta-se todo um contingente de mercenários russos que combatem junto às forças pró-governo, em especial uma empresa militar privada chamada "grupo Wagner".

Como aliado de Damasco, Moscou terá, sem dúvida, a melhor fatia do processo de reconstrução de um país devastado. Já se fala em inúmeros projetos de investimento, em especial, no setor de energia.


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