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Estado de Minas

Delfim Netto é investigado por corrupção em usina de Belo Monte


postado em 09/03/2018 20:30

A Polícia Federal (PF) realizou, nesta sexta-feira, várias operações de busca e apreensão concentradas no ex-ministro da Fazenda Antônio Delfim Netto, como parte de uma investigação sobre subornos na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará.

Os subornos, pagos por grandes construtoras, beneficiaram também partidos políticos como o PMDB (atual MDB) e o Partido dos Trabalhadores (PT).

As operações foram realizadas em Curitiba e São Paulo e fazem parte da operação "Lava Jato", que investiga os desvios bilionários na Petrobras, indicou a PF em um comunicado.

Segundo a PF, existem fortes indícios de que o consórcio Norte Energia foi "indevidamente favorecido" pelo governo Lula para ganhar a concessão de Belo Monte, antes de ceder as obras a outro grupo que deveria "pagar subornos a partidos políticos e seus representantes, com 1% do valor do contrato".

Delfim Netto, de 89 anos, ex-deputado federal e ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento durante a ditadura militar (1964-1985), "recebeu 10% do que as construtoras pagaram na forma de subornos" e o resto foi dividido entre o PMDB e o PT, afirma o comunicado.

Até agora "foram rastreados quatro milhões de reais de um total estimado em 15 milhões", pagos pelas construtoras Andrade Gutierrez, Odebrecht, OAS e J. Malucelli a "pessoas jurídicas relacionadas com Antônio Delfim Netto através de contratos fictícios de consultoras".

O juiz Sergio Moro ordenou o bloqueio de 4,4 milhões de reais do ex-ministro, de seu sobrinho e das empresas administradas por eles.

"O professor Delfin Netto não ocupa cargo público desde 2006 e não cometeu nenhum ato ilícito em qualquer tempo. Os valores que recebeu foram honorários por consultoria prestada", disse o escritório de advogados Leite, Tosto e Barros, que representa o ex-ministro.

O procurador Athayde Ribeiro Costa disse em uma conferência de imprensa que os pedidos de subornos eram encaminhados através de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula que cumpre uma pena de 12 anos de prisão por corrupção.


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