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Estado de Minas

Adiado interrogatório de Lula em caso de compra de aviões suecos


postado em 15/02/2018 20:30

O interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por suposto "tráfico de influência" na compra de aviões de caça suecos, previsto inicialmente para a próxima terça-feira, foi adiado, informou nesta quinta-feira o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1).

O adiamento obedeceu ao pedido de um dos acusados, detalhou em um comunicado o magistrado Vallisney de Souza Oliveira, encarregado do caso, sem marcar nova data para a audiência.

Lula é acusado de lucrar ilegalmente para favorecer a aquisição por parte do Estado brasileiro de 36 caças Gripen da sueca Saab durante o governo de sua sucessora, Dilma Rousseff (2011-2016).

Essa operação, na que também concorreram França e Estados Unidos, foi anunciada no final de 2013 por um valor de cerca de cinco bilhões de dólares.

A investigação revelou que a empresa de lobby Marcondes e Mautoni (M&M;) solicitou dinheiro a Saab com o pretexto de interceder na compra dos aviões. A empresa europeia chegou a transferir 744.078 euros antes do delito ser detectado.

Parte desse dinheiro, junto com o de outras companhias que também pagaram a M&M; pela mencionada influência de Lula no Estado, foram repassados à empresa LFT Marketing Esportivo, que pertence ao filho do ex-presidente, mediante contratos fictícios, de acordo com a acusação.

A procuradoria afirma que a LFT recebeu no total 2,25 milhões de reais.

Lula, de 72 anos, foi condenado no mês passado a 12 anos e um mês de prisão por um tribunal de apelações, apontado como proprietário de um apartamento que a construtora OAS teria lhe oferecido em troca de sua influência para obter contratos na Petrobras.

Seus advogados apelarão neste mês da condenação pelo caso OAS e aguardam o resultado de dois habeas corpus apresentados ante o Superior Tribunal de Justiça e o Supremo Tribunal Federal para evitar que o prendam antes de que se esgotem todas as instâncias judiciais.

Lula, favorito nas pesquisas para as eleições de outubro, se encontra em um emaranhado judicial que inclui uma condenação, seis julgamentos e duas denúncias.

Mas mesmo que consiga conservar sua liberdade até 15 de agosto, data limite para inscrever sua candidatura, deverá buscar uma via para evitar que o Tribunal Superior Eleitoral a invalide com base na lei da "Ficha Suja", que impede que os condenados em segunda instância se apresentem a cargos eletivos.


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