(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bolsas europeias fecham em baixa, de olho em Wall Street


postado em 09/02/2018 17:48

As bolsas europeias fecharam em baixa novamente, seguindo a tendência de Wall Street, diante do temor pela perspectiva de uma mudança do mercado financeiro.

Os grandes mercados europeus abriram com quedas moderadas, que depois se acentuaram radicalmente com a abertura dos mercados americanos. Frankfurt caiu 1,25%, Paris 1,41%, Londres 1,09% e Madri 1,20%.

Na Ásia, Tóquio, Hong Kong e Xangai foram os mercados mais atingidos, enquanto os investidores tentavam se refugiar em valores como o ouro e o iene.

O índice Nikkei 225 da Bolsa de Tóquio perdeu 2,32% no fechamento, ao fim de uma de suas piores semanas em dois anos. Já a Bolsa de Hong Kong caía mais de 3%, encaminhando-se para perder os lucros obtidos em 2018. Xangai caiu 4,1%, por sua vez, um mínimo em nove meses.

A tendência acontece na esteira das quedas em Wall Street, onde o Dow Jones recuou 4,15%, em meio à preocupação dos investidores que olham o avanço do rendimento do bônus do Tesouro para dez anos.

Wall Street tentou mudar de direção na abertura nesta sexta-feira, mas a tendência à alta durou pouco.

Já o rendimento dos bônus do Tesouro americano a 10 anos se mantinha alto, por volta de 2,82%, enquanto o dólar se valorizou ante o euro.

"Justamente no momento em que pensávamos que poderíamos voltar com total segurança aos mercados, eles estão novamente na defensiva", comentou David de Garis, diretor do National Australia Bank.

- Espasmos -

Depois de um 2017 excepcional e de um mês de janeiro com fortes ganhos, os mercados globais passam por quase duas semanas de espasmos pelos temores de que a recuperação da economia mundial e o aumento dos preços levem a uma alta das taxas de juros maior do que o previsto.

Um fator-chave desse movimento financeiro foi o informe sobre emprego publicado pelos Estados Unidos na última sexta-feira (2). O documento mostrou uma alta dos salários, deflagrando imediatamente as especulações de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) possa subir os juros mais de três vezes o esperado para este ano.

Ao mesmo tempo, o Banco Central Europeu (BCE) está perto de terminar seu programa de estímulo, e o Banco da Inglaterra também advertiu que as taxas vão subir rapidamente.

"A mensagem dos porta-vozes do BCE e do Fed, sem mencionar o Banco da Inglaterra, é que as taxas vão continuar subindo pela força da economia global", indicou o chefe de estratégias de mercado Greg McKenna, da AxiTrader.

- 'Frustração' -

Contudo, muitos analistas se mostram otimistas em relação aos parâmetros positivos da economia, tanto nos Estados Unidos, quanto no restante do mundo e pelas perspectivas positivas para os lucros corporativos, depois do gigantesco corte de impostos promovido por Donald Trump em dezembro.

"Era inevitável uma correção diante da supervalorização da bolsa americana. Todos os indicadores usados normalmente (...) destacam que os níveis atuais estavam perto dos de 2000", avaliou Christopher Dembik, diretor de pesquisa econômica no Saxo Banque.

"O mercado de ações continuará evoluindo assim (com altos e baixos) sem que saibamos quando vai parar", comentou Art Hogan, da Wunderlich Securities.

Entre os operadores cambiais, o ambiente "é mais de frustração do que de outra cosa", acrescentou."Não é que realmente tenha pânico (...) É uma forma de testar até onde podemos baixar", afirmou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)