Os ataques da coalizão internacional contra as forças leais ao regime sírio que haviam atacado um quartel-general de seus aliados árabe-curdos foram puramente de autodefesa, indicou nesta quinta-feira Jim Mattis, secretário de Defesa americano.
"Foi em defesa própria", declarou Mattis aos jornalistas no Pentágono. "Não estamos nos comprometendo na guerra civil síria".
Qualificando o incidente de "decepcionante", deu sua versão dos ataques da coalizão antijihadista na noite de quarta-feira perto de Deir Ezzor.
"Por razões que desconheço, forças pró-sírias - e realmente não vejo nenhuma explicação desses atos - se dirigiram a posições das Forças democráticas sírias, onde se encontravam soldados das forças especiais americanas", afirmou.
As forças pró-governo "começaram a lhes bombardear com fogo de artilharia (...), aproximando-se tanques", relatou. "Ao final de nossa operação para nos defendermos, sua artilharia estava destruída, dois de seus tanques foram destruídos e houve mortos".
Mattis não detalhou o número de mortos, mas o Pentágono, que havia mencionado "mais de 100 mortos", se absteve nesta quinta-feira de confirmar este número.
O comando americano contatou seu homólogo russo no local para evitar uma escalada e "os russos nos disseram que não tinham ninguém ali", continuou Mattis.
O embaixador russo ante a ONU, Vassily Nebenzia, havia afirmado nesta quinta-feira que os ataques da coalizão na província de Deir Ezzor foram "criminosos" e "inadmissíveis".