O teólogo suíço Tariq Ramadan, acusado de estupros e preso desde sexta-feira passada em Paris, continua em prisão preventiva, informou uma fonte judicial nesta terça-feira (6).
Depois de uma audiência a portas fechadas, o juiz de liberdades e detenções (JLD) acompanhou o pedido da Promotoria.
O acusado de 55 anos contesta as alegações apresentadas por duas mulheres em outubro, por fatos que teriam ocorrido em 2009 e 2012.
Denunciado e preso na sexta-feira, havia solicitado por meio de seus advogados o adiamento do debate de seu caso, com um depósito de garantia, a fim de ter tempo de preparar sua defesa.
Os feitos denunciados teriam ocorrido em dois hotéis, à margem de conferências bem-sucedidas deste intelectual que gozava de certo prestígio, a ponto de seu julgamento ter afetado a comunidade muçulmana da França.
Neto do fundador da confraria da Irmandade Muçulmana, Ramadan está em fora de seu cargo como professor de Estudos Islâmicos na Universidade britânica de Oxford desde o início de novembro, após a abertura da investigação contra ele.
Ramadan é acusado por seus críticos de promover um Islã político de discurso duplo, ao que ele responde ser vítima de "calúnias".