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Estado de Minas

França tem dois novos restaurantes três estrelas no guia Michelin


postado em 05/02/2018 17:00

Os restaurantes La Maison des Bois, de Marc Veyrat, nos Alpes, e L'Hôtel du Castellet, de Christophe Bacquié, ganharam a terceira estrela na edição de 2018 do Guia Michelin francês, indicou nesta segunda-feira (5) uma fonte próxima da respeitada publicação.

A edição de 2018, que conta igualmente com cinco novos estabelecimentos duas estrelas e 50 com uma, recompensou sobretudo o sudeste da França, assim como chefs japoneses.

Quinze dias depois da morte do lendário Paul Bocuse, cujo restaurante no centro-leste da França, ostenta três estrelas desde 1965 - um recorde absoluto -, o Michelin o homenageou ao anunciar as novidades em um evento nos arredores de Paris.

Os cerca de 200 convidados do evento fizeram uma ovação de vários minutos aquele que foi considerado o "papa" da gastronomia francesa.

- Uma visão 'botânica' -

O chef Marc Veyrat, de 67 anos, é conhecido por seu chapéu preto e sua cozinha com ervas silvestres. É a terceira vez que a "bíblia" da gastronomia lhe concede três estrelas.

Michael Ellis, diretor internacional dos guias Michelin, elogiou sua "visão botânica da cozinha".

"É difícil fazer uma cozinha de personalidade com ervas, flores e plantas, mas ele consegue", declarou à AFP, citando como um dos pratos mais suculentos de Veyrat o ovo com feno de oxalis.

Bacquié, de 45 anos, e sua cozinha mediterrânea conquistaram a terceira estrela com o restaurante L'Hôtel du Castellet, situado perto de Marselha (sudeste) e com duas desde 2010.

Este chef de origem parisiense, que trabalhou sobretudo na ilha da Córsega, é "capaz de fazer uma cozinha de alto nível, ancorada no Mediterrâneo", destacou Ellis, ressaltando seu "alho e óleo moderno, leve, do qual faz uma interpretação sublime", mas também "seu trabalho com o polvo e o peixe".

Com os dois restaurantes, o seletíssimo clube de três estrelas agora tem 28 membros, após a inédita retirada do Le Suquet, no sul, a pedido do chef Sébastien Bras, de 46 anos, que queria deixar de aparecer no guia, devido à enorme pressão que representa permanecer no olimpo gastronômico.

- Chefs estrangeiros -

Os restaurantes com duas estrelas agora totalizam 85, com 5 novos contemplados: o centenário L'Auberge du Père Bise, retomado em 2017 por Jean Sulpice; L'Hostellerie Jérôme, do chef Bruno Cirino, e Flaveur, dos irmãos Gaël e Mickaël Tourteaux.

Completam o grupo restaurantes de chefs japoneses: Au 14 Février, de Masafumi Hamano, e o estabelecimento de Takao Takano, de mesmo nome.

Seus compatriotas, Takashi Kinoshita (Château de Courban), Ryunosuke Naito (Pertinence) e Takayuki Nameura (Montée), receberam cada um uma estrela.

"Os japoneses têm grande tecnicismo e uma capacidade de execução extremamente precisa em cozinha", destacou Ellis, acrescentando que na gastronomia "França e Japão têm muitas coisas em comum, especialmente o respeito ao produto".

Outros chefs de origem estrangeira foram distinguidos com uma estrela, como o libanês Alan Geaam, o dinamarquês Andreas Moller (Copenhague), o grego Andreas Mavrommatis e o canadense Noam Gedalof (Comice).

Nesta edição que tem como madrinha Anne-Sophie Pic, a única mulher à frente de um três estrelas na França, apenas duas mulheres foram contempladas, ambas com seus companheiros.

Os mais jovens foram Anthony Lumet (Le Pousse Pied) e Guillaume Mombroise (Sept), de 27 anos.

Dos 621 estabelecimentos distinguidos - cinco a mais que no ano passado -, 508 contam com uma estrela na nova edição, à venda a partir de 9 de fevereiro.


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